Aedes aegypti: Índice de infestação aumenta e Formiga tem ‘alto risco’ de epidemia de dengue

4º LIRAa do ano apontou índice de infestação predial de 4,7; em agosto o resultado era de 1,5

Aedes aegypti: Índice de infestação aumenta e Formiga tem ‘alto risco’ de epidemia de dengue
Levantamento mostrou que 86,25% dos focos do mosquito da dengue foram encontrados nas residências - Foto: Rafael Nedermeyer/Fotos Públicas




O quarto Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa) realizado neste ano apontou índice de infestação predial de 4,7, considerado de “alto risco” para uma epidemia de dengue. As estatísticas apontam que resultados de 0 até 0,9, enquadram-se em situação de “baixo risco”, de 1,0 a 3,9 é “médio risco’ e acima de 4,0 é considerado “alto risco”.

O LIRAa é realizado a cada três meses para saber a situação de infestação do mosquito na cidade. O terceiro levantamento deste ano, realizado em agosto, apresentou índice de 1,5, enquanto o segundo, feito em maio, foi de 1,3. No primeiro LIRAa, em janeiro, o resultado foi de 5,5, também de alto risco para a doença.

Com o índice de novembro, a Secretaria Municipal de Saúde constatou que, para cada cem imóveis existentes no município, 4,7 têm focos do mosquito.

Além disso, o levantamento mostra o “Índice de Breteau”. O resultado em Formiga foi de 5,3, o que indica que para cada cem imóveis pesquisados durante o LIRAa, 5,3 deles possuem recipientes com larvas positivas.

O levantamento foi realizado em 1.724 imóveis (residências, terrenos baldios, comércios e outros). Muitos focos foram encontrados nas residências, 86,25% do total.

 

 AÇÕES

 O setor de Endemias continuará com a intensificação das ações de campo e ações educativas, de acordo com o Programa Nacional de Controle às Arboviroses e seguindo as orientações de estratégias discutidas e planejadas pelo Comitê de Enfrentamento às Arboviroses do município.

 

Com o resultado do quarto LIRAa, os agentes realizarão trabalho diferenciado nos bairros em que o índice foi mais alto. Além do tratamento focal, os agentes intensificarão as ações educativas nessas localidades.

 

O MOSQUITO

O mosquito transmissor da dengue tem hábitos residenciais, devido a sua preferência pelo sangue humano, por isso são encontrados muitos focos nas residências e em lugares “inusitados”, como tecido de guarda-chuva, tampinha de refrigerante, panelas jogadas no quintal, entre outros. Com isso, o Aedes aegypti completa seu ciclo o mais próximo possível do ser humano.

O transmissor deposita seus ovos em água parada, na parede dos criadouros, próximo à superfície da água e não diretamente nela, por isso a importância de passar escova ou bucha em recipientes que tiverem água parada. O ovo pode sobreviver em média de um ano “no seco” e, assim que entrar em contato com a água, dentro do seu período de durabilidade, ele pode seguir seu ciclo. Esse fator, ligado ao descuido da população, explica a dificuldade de erradicar o mosquito.