Alimentos ultraprocessados e ganho de peso
Johnatan Braz - Nutricionista

O trabalho do nutricionista é fazer com que o consumo de alimentos ultraprocessados seja cada vez menor. O motivo pelo qual o nutricionista estabelece esta meta se dá pelo fato de que o consumo frequente de alimentos ultraprocessados leva ao aumento de peso e desenvolvimentos de doenças crônicas como diabetes, hipertensão, esteatose hepática não alcoólica e, em alguns casos, câncer. Presunto, peito de peru, suco de caixinha, salsicha, refrigerante, biscoitos e hambúrguer de carne industrializado são alguns exemplos de alimentos ultraprocessados. No trabalho Ultra-processed diets cause excess calorie intake and weight gain: an inpatient randomized controlled trial of ad libitum food intake, publicado em 2019, avaliou-se o consumo de alimentos ultraprocessados e ganho de peso no período de quatorze dias. Os resultados mostram que o consumo, sem restrição de alimentos ultraprocessados, levou os integrantes deste grupo ao ganho de aproximadamente um quilo de peso no período de quatorze dias; enquanto que no grupo controle, que não fez uso de alimentos ultraprocessados e consumiu alimentos naturais, houve a perda de um quilo de peso no mesmo período de tempo. No grupo que consumia alimentos ultraprocessados foi observado um aumento considerável na ingestão calórica (próximo de 500 calorias) no café da manhã comparado ao grupo controle. O motivo pelo qual o consumo de alimentos ultraprocessados seja alto se deve pela baixa saciedade, rápida digestão e palatabilidade. Estes alimentos, por possuírem muito carboidrato refinado e gordura, oferecem pouca saciedade e por isso o consumo é maior, a digestão é rápida e com isso o indivíduo tende a sentir fome com frequência. Assim, o menor consumo de alimentos ultraprocessados está diretamente relacionado a um bom estado de saúde.