Aparelho de ressonância magnética é retirado da Santa Casa

Hospital perdeu o equipamento por uma decisão judicial decorrente de ação trabalhista movida por médicos

Aparelho de ressonância magnética é retirado da Santa Casa
Imagens de vídeo mostram a retirada do aparelho




O aparelho de ressonância magnética, adquirido em 2016 com recursos próprios da Santa Casa de Caridade de Formiga, foi retirado nesse domingo, dia 15, do hospital. Uma decisão judicial decorrente de ação trabalhista movida por médicos que prestaram serviço à instituição na época em que ela coordenava a UPA de Divinópolis fez o hospital perder o equipamento, que foi penhorado para pagar uma indenização de 600 mil, sendo leiloado no mês passado.

Vídeos do momento em que o aparelho foi retirado da Santa Casa foram compartilhados nas redes sociais, gerando indignação na população formiguense. O equipamento era fundamental para a realização de exames de alta precisão em pacientes de Formiga e cidades vizinhas.

 

O caso

Desde o dia 31 de agosto, os exames de ressonância magnética estavam suspensos no hospital devido a essa situação envolvendo o aparelho. Depois de enviar o Ofício nº 164/2024 para a Câmara Municipal, a Santa Casa emitiu, no dia 26 de agosto, nota para a imprensa explicando o caso.

Segundo ela, foram feitas inúmeras tentativas frustradas de cancelamento do leilão do aparelho. “É lamentável que o impacto financeiro de reclamações trabalhistas de profissionais que trabalharam na UPA Padre Marinho de Divinópolis, por descuidos das gestões anteriores continuem abalando o fluxo financeiro da Santa Casa de Caridade de Formiga, com ações cíveis e trabalhistas que cristalizam o cenário de insegurança na Assistência Hospitalar”.

De acordo com o hospital, um equipamento de ressonância magnética, atualmente, gira em torno de quatro milhões e quinhentos mil reais, e solicitações de emendas parlamentares já foram feitas na tentativa de conseguir a reposição do aparelho.

Na mesma semana, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, notificou a Santa Casa, por meio do Ofício n° 319/2024, já que possui um contrato de prestação de serviço com a instituição hospitalar. No documento, a pasta exige propostas para que os atendimentos não sejam interrompidos.

Em resposta, a Santa Casa propõe remanejar os pacientes para outro município com capacidade instalada e disponível para atendimento.