Câmara de SP aprova cassação de Camilo Cristófaro por quebra de decoro

Câmara de SP aprova cassação de Camilo Cristófaro por quebra de decoro
Agência Brasil Justiça de São Paulo havia absolvido o vereador Camilo Cristófaro no caso de racismo




Justiça de São Paulo havia absolvido o vereador Camilo Cristófaro no caso de racismo
Agência Brasil
Justiça de São Paulo havia absolvido o vereador Camilo Cristófaro no caso de racismo

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta terça-feira (19) a cassação do mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante) por quebra de decoro parlamentar após falas racistas . Dos 55 vereadores, 47 votaram pela saída do parlamentar, enquanto nenhum votou contra. Cinco parlamentares se abstiveram do voto.

Cristófaro deixou vazar o áudio em que dizia "é coisa de preto" durante uma sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos em maio do ano passado. Na época, a comissão ouvia a ex-CEO da empresa Uber, Claudia Woods.

"Eles lavaram, mas não lavaram a calçada... é coisa de preto, né?", afirmou enquanto participava da sessão remotamente.

Após a declaração, Cristófaro foi expulso do PSB e passou a responder pelo processo na Casa. A Corregeria da Câmara deu o parecer favorável pela cassação no último dia 24 de agosto, um ano e cinco meses depois do caso. A Câmara ainda tentou notificar o parlamentar por sete vezes, mas só conseguiu avisar seu advogado na última semana.

Eram necessários 37 vereadores favoráveis para confirmar a cassação de Camilo Cristófaro. Dos 57 parlamentares, apenas Cristófaro e Luana Alves (PSOL), que denunciou o caso, ficaram impedidos de votar na sessão.

A cadeira do parlamentar será ocupada por Adriano Santos (PSB), primeiro suplente que já atuou na Casa durante o afastamento do vereador Elizeu Gabriel (PSB). A posse deve acontecer na próxima semana.

Essa é a primeira cassação na Câmara de São Paulo desde 1999, quando a Casa cassou o mandato dos vereadores Maeli Vergniano e Vicente Viscome. Na época, os parlamentares foram acusados de participarem da Máfia dos Fiscais, que cobravam propinas de comerciantes e ambulantes.

O iG tentou contato com Camilo Cristófaro, mas não obteve retorno até a publicação dessa reportagem.

Fonte: Nacional