Campanha contra a dengue recolhe 6 caminhões e 31 caminhonetes de entulho em três bairros
Mutirão de limpeza ocorreu nesta semana no Rosário, Vila Padre Remaclo e Vila Esperança

Depois que uma recente pesquisa apontou alto risco de epidemia de dengue em Formiga e que a cidade apresentou 40 casos confirmados da doença, a Prefeitura, por meio do Setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou uma grande batalha contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Nesta semana, agentes de endemias realizaram um mutirão de limpeza em três bairros do município e recolheram seis caminhões e 31 caminhonetes de entulho.
A ação ocorreu na terça e quarta-feira, dias 6 e 7, no Rosário, Vila Padre Remaclo e Vila Esperança, lugares onde foi encontrada uma maior quantidade de larvas do mosquito. Os trabalhos contaram com o apoio das secretarias de Obras e Gestão Ambiental. “Esses materiais recolhidos são propícios para o acúmulo de água e podem se tornar criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya”, afirmou a Prefeitura.
Segundo ela, no Bairro Rosário, foram recolhidos dois caminhões e 15 caminhonetes de entulhos. Já na Vila Padre Remaclo e na Vila Esperança, os materiais separados pelos moradores encheram quatro caminhões e 16 caminhonetes.
O mutirão faz parte de um Plano de Ação elaborado pela Administração Municipal para combater o Aedes aegypti. Agentes de endemias têm trabalhado incansavelmente para melhorar a situação epidemiológica da cidade, com blitz educativa, panfletagem, encontros de conscientização, mutirões de limpeza, visitas domiciliares e aplicação de Nebulização Portátil (fumacê costal).
A Prefeitura também reforçou a equipe médica da UPA – Unidade de Pronto Atendimento - para enfrentar a dengue em Formiga. Desde o dia 1º de fevereiro, a unidade conta com um espaço exclusivo para atendimentos aos pacientes suspeitos ou diagnosticados com a doença.
PREVENÇÃO
A Administração Municipal ressaltou que as medidas de prevenção são as mais efetivas e devem ser reforçadas no verão. “O calor nesta época do ano aumenta a circulação e a atividade do mosquito. O uso de roupas que deixam mais áreas do corpo expostas também é fator que faz com que mais casos sejam registrados nesta estação. O Aedes aegypti é um mosquito doméstico. Ele tem, em média, menos de um centímetro, é escuro e com riscos brancos nas patas, cabeça e corpo. Com hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, o inseto (apenas a fêmea) se alimenta basicamente de sangue humano. A reprodução acontece em água parada (limpa ou suja), onde os ovos são depositados”, esclareceu.
LIRAa
O primeiro LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti) de 2024 foi divulgado no dia 31 de janeiro, pela Prefeitura Municipal. E o resultado não foi nada tranquilizante. Ele apontou alto risco de epidemia de dengue em Formiga, com índice de infestação predial de 7,5.
A pesquisa foi feita entre os dias 22 e 26 de janeiro pelo Setor de Endemias.
As estatísticas indicam que índices de 0 a 0,9 enquadram os municípios em situação de “baixo risco”; de 1,0 a 3,9 é “médio risco” e acima de 4,0 é considerado “alto risco”.
CASOS DE DENGUE
De acordo com a Prefeitura, até o dia 27 de janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 40 casos positivos e 334 casos suspeitos de dengue. Foram registrados também 52 casos suspeitos de chikungunya. Nesta semana, foi divulgada em grupos de whattsApp a foto de uma jovem estudante que teria falecido de dengue. “O Pergaminho” tentou saber ontem se a informação procede e se há mais casos positivos da doença na cidade, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.
SINTOMAS
Os principais sintomas da dengue são febre alta (maior que 38.5°C) de início abrupto e que dura entre dois e sete dias; dores musculares intensas; dor ao movimentar os olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
A Prefeitura alerta que, ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
A equipe de agentes que trabalhou no mutirão