Como o estresse impacta no comportamento alimentar?
Johnatan Braz - Nutricionista

O número de obesos cresce a cada ano e ações governamentais buscam soluções para reduzir este quadro com objetivo de diminuir gastos com medicamentos, atendimentos médicos e melhorarem a qualidade de vida das pessoas. Sabemos que o estilo de vida impacta diretamente na constituição do corpo. Uma vida saudável faz com que você tenha menos chances de ser obeso como também hipertenso, diabético, etc. O comportamento alimentar, que tem relação com seu estilo de vida, é influenciado por diversos fatores, sejam eles ambientais (casa, trabalho, família), sociais (grupo de pessoas com as quais você convive), renda, religião, posição geográfica, estado emocional, etc. No campo emocional, o comportamento alimentar avalia três quesitos: o cognitivo, relacionado à saciedade; a desinibição, relacionada ao estímulo que você recebe, por exemplo, vi alguém com sorvete, logo, quero mesmo sem ter fome e, por último, a fome subjetiva, relacionada com o desejo de comer mesmo sem ter fome. O estresse faz parte do nosso cotidiano, e para algumas pessoas, ele está em níveis altíssimos. Podemos descrevê-lo como um estado em que as demandas externas ultrapassam a capacidade física e mental do indivíduo com consequente desequilíbrio às respostas biológicas, emocionais e comportamentais. As pesquisas mostram que o fator estresse reduz o sentimento de saciedade no indivíduo (cortisol alto) e, em contra partida, aumenta o desejo por alimentos mesmo sem ter fome fisiológica, o que chamamos de comer transtornado. Você come por comer. Come pra suprir algo, logo, tende a ganhar peso. Assim, a mudança de hábito é uma estratégia a ser adotada para melhorar sua qualidade de vida, entretanto, poucos sabem usá-la a seu favor. Ao contrário de promover várias mudanças de uma vez, o que causa mais estresse, foque em apenas uma. Permaneça nela até tornar um hábito, depois busque outra. É assim. Sem desespero. Uma coisa de cada vez. Bora lá?