Consumo de ovo e doença de Alzheimer

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa e se caracteriza pela perda progressiva não só da função da linguagem, como também motora e comportamental. O primeiro caso foi identificado em 1907 por Alois Alzheimer. Condições genéticas e fatores ambientais como: consumo excesso de produtos industrializados, tabagismo e sedentarismo estão associados com o desenvolvimento ou progressão da doença. Há trabalhos que demonstram relação com microbiota intestinal desequilibrada e piora da progressão do Alzheimer. O ovo é um alimento de origem animal, rico em proteína, vitaminas e minerais. Além de ser de fácil acesso, pode ser incluído no cardápio tranquilamente. Um trabalho publicado recentemente mostrou que, o consumo de quatro ou mais ovos por semana, reduziu o risco de desenvolver a doença em até 50%. Durante a análise, que durou quatro anos, observou-se também que, nos grupos em fase inicial da doença, houve uma redução do declínio cognitivo ao consumirem ovos. O principal nutriente responsável por essa redução foi a colina que é precursora de acetilcolina. A colina é integrante da membrana das células no geral, porém, tem maior ação nas células cerebrais. Johnatan, posso suplementar colina que terei o mesmo efeito? Não sei te dizer. O trabalho avaliou o consumo de ovos, logo, mesmo que a colina tenha sido a peça mais importante neste caso, não podemos descartar todos os outros nutrientes contidos no ovo e que, de certa forma, auxiliam em todo o processo. Até então não li nada sobre a suplementação de colina e Alzheimer. Além do que, enquanto nutricionista, faz muito mais sentido consumir o alimento de forma natural a ter que “comprá-lo” na farmácia. Mas Johnatan, sou vegetariano e não consumo ovo. Ok! Colina é encontrada também em alimentos de origem vegetal, com uma biodisponilidade menor, mas é possível ajustar. Em todo caso, avalie o consumo de ovos junto do seu nutricionista, pois nem todos pacientes podem ter alto consumo de proteína, ferro, etc. Até a próxima.