Criança de 4 anos morre na Lagoa do Fundão
Samuel Gonçalves Ascef Cazarini se afogou na tarde de sábado, dia 25

Formiga ficou arrasada com a notícia da morte de uma criança de 4 anos que morreu afogada na tarde de sábado, dia 25, na Lagoa do Fundão. Samuel Gonçalves Ascef Cazarini estava em um passeio com a mãe e uma amiga dela no Country Clube de Formiga, quando a fatalidade aconteceu.
A família é de Campo Belo. Ainda não se sabe as circunstancias e o momento exato do afogamento. A 4ª Companhia de Bombeiros de Formiga e o Samu foram acionados por volta das 16 horas para atendimento da ocorrência. Conforme apurou “O Pergaminho”, antes disso, quando a mãe deu falta do filho, todos que estavam no clube passaram a procurar por Samuel. E foi um associado que teve a ideia de procurar pelo menino na lagoa, onde encontrou o corpo de Samuel. “Após dar 15 passos do lado do trampolim, meu pai mergulhou passando embaixo do trampolim e bateu a perna no corpo do Samuel. Tirou ele da água na hora, mas já estava molinho e roxo. É uma tristeza imensa o ocorrido, meu pai está em choque”, disse pelas redes sociais o filho do associado que encontrou o corpo.
Segundo o Samu, a equipe da Unidade de Suporte Básico (USB) de Formiga apoiou um médico que estava no local e prestou os primeiros atendimentos ao menino, que estava em parada cardiorrespiratória (PCR). “Ele foi encaminhado para a Sala Vermelha da Santa Casa de Formiga, mas mesmo com todo empenho das equipes não reagiu aos estímulos e teve o óbito constatado pela médica pediatra”, relatou.
O presidente do Country Clube, Carlos Lamounier, lamentou o ocorrido e disse estar à disposição da família. "O clube lamenta profundamente o que aconteceu. Estamos à disposição da família para prestar todos os esclarecimentos necessários. Sentimos profundamente. Interrompi minha viagem para que, por parte do clube, seja feito tudo que for possível para mitigar e minimizar o sofrimento da família", disse o presidente ao portal “g1”.
Outro afogamento
Outras duas crianças se afogaram neste fim de semana, porém em Nova Serrana. O Samu divulgou que recebeu um chamado às 14h37 deste domingo, dia 26, para atendimento da ocorrência no Rio Lambari, Estrada de Moinhos, área rural da cidade.
“No local, a equipe foi informada que uma das crianças afogadas foi retirada por terceiros e estava bem. Uma outra criança, sem sexo relatado, de aproximadamente 10 anos, estava desaparecida. O Corpo de Bombeiros estava realizando as buscas e até às 17 horas, horário que o Samu permaneceu no local, o corpo não havia sido encontrado”, relatou.
De acordo com o Samu, a mãe da criança, de 31 anos, estava com pressão arterial alterada e foi medicada. Também a equipe atendeu e medicou um bombeiro militar, de 48 anos, com crise alérgica.
Corpo de Bombeiros alerta para cuidados em ambientes aquáticos para evitar afogamentos
Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostram a gravidade dos acidentes por afogamento no Brasil: a cada 90 segundos, uma pessoa morre afogada no país. Entre crianças de 1 a 4 anos, o afogamento é a segunda principal causa de morte.
Diante desse cenário alarmante, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, que atua diretamente na prevenção e atendimento a essas ocorrências, alerta para cuidados essenciais em ambientes aquáticos.
Cuidados redobrados com crianças
O calor leva muitas famílias a buscarem alternativas de lazer em piscinas, mas o ambiente doméstico também pode ser perigoso. Piscinas devem estar cercadas por barreiras fixas, que impeçam o acesso de crianças sem supervisão. Coberturas ou lonas precisam ser bem ajustadas para evitar que a criança afunde caso caminhe sobre elas. Além disso, a presença constante de um adulto é indispensável. Boias, muitas vezes utilizadas como apoio, não são seguras, sendo mais recomendado o uso de coletes salva-vidas homologados.
Rios, cachoeiras e o perigo invisível
Nos rios e cachoeiras, a atenção deve ser redobrada. Não superestimar a capacidade de nadar e estar atento ao fluxo de água são medidas básicas para evitar acidentes, especialmente em áreas onde fenômenos como trombas d’água podem ocorrer após chuvas intensas nas cabeceiras dos rios. Outro ponto de atenção é evitar atividades aquáticas após o consumo de álcool ou refeições pesadas, fatores que aumentam o risco de acidentes.
Como agir em casos de afogamento
Se estiver em um princípio de afogamento, é essencial manter a calma. Tente flutuar com a barriga para cima, mantendo o rosto fora d’água, e chame por socorro. Em situações de correnteza, não lute contra o fluxo; posicione-se com as pernas voltadas na direção do rio para proteger a cabeça e use os braços para se direcionar gradualmente à margem. Caso presencie um afogamento, evite entrar na água para resgatar a vítima se não tiver treinamento adequado, pois isso pode colocar mais vidas em risco. A recomendação é lançar objetos flutuantes e acionar os guarda-vidas ou o Corpo de Bombeiros pelo número 193.