Crônica: Cravos e rosas

Robledo Carlos (de Divinópolis)

Crônica: Cravos  e rosas
Robledo Carlos é representante comercial




Flores de medo meu.
Mistura entre brancas, amarelas, vermelhas e cravos.
Tire sua nobreza aos olhos de quem a define em cores.
Liberte entre espinhos, aquele que te apanha.
Nem me feres de espadas em guarda ao coração do Maior.
Mas cravos e espinhos, é que protegem os dois e ferem na colheita.
Não deixe que eu pense, que seu aroma e fulgor era mesmo de morte a minha lembrança.
Queria um ponto final a te admirar e agradecer por essência.
Carrossel que gira, eu tenho em mãos uma de ti, que vê o meu amor a girar, já consigo separar de ti e entre mim, não me resta lembranças de vocês sob o corpo que descansa.
Gira em volta do salão e cai nas minhas mãos.
Morre vermelha de paixão, à espera do milagre de que um dia
já não penses mais na morte.
Leve esse sentimento que tenho, mas eu guardo seu perfume, e que é cheiro de vida e esperança e um pouco de sorte.