Crônica: ESCREVA
AC de Paula (de São Paulo)

O sonho subiu no telhado, e o vidro não resistiu, mais vale o choro chorado, que o riso que se fingiu, mais vale o sal deste pranto, puro, sincero, doído, que o mel de um sorriso, doce, falso e fingido.
As aparências enganam o astuto e o sem noção, por isso às vezes reluto, e espero a minha vez, entre o sim e o não nem sempre cabe um talvez, ou nem mesmo um quem sabe, depende da lucidez, e até da boa vontade.
Quem me dera ser poeta para inventar um novo mundo, colorido de esperança, onde o amor seja profundo, onde o velho e a criança, sem limites sem censura, conversem com seus botões, e que tenha fim a procura da cura das ilusões.
Não sou guru, nem profeta, mas neste momento preciso, viver, é sim, necessário, navegar não é preciso, da minha maneira e jeito, eu tento dar meu recado, tentei explicar o simples, achei muito complicado. Não sei falar de tristeza, de amargura e nem dores, prefiro sim, com certeza, falar de alegria e flores.
Exerço o poder de escolha que a mim foi conferido, sair da caixa ou da bolha a todos é permitido, para que exista a mudança é necessário atitude, não espere que por milagre este panorama mude, eu aqui, de minha parte, juro que fiz o que pude, o amor é meu estandarte, fiz da poesia meu lema, a vida precisa da arte, por isso escrevo poemas. Por vontade e ventura, a escrita me apraz, é a verdade mais pura, e quem pela paz procura, aconselho, escreva mais.