Crônica: Na feira livre – I
Manoel Gandra (de Formiga/MG)

Em 1971, Maurício Almada era o chefe da Emater, e Arnaldo Barbosa, o prefeito de Formiga. Em um trabalho conjunto, eles pensaram, organizaram e colocaram em prática a idéia de criar na cidade uma feira onde o produtor rural pudesse vender diretamente ao consumidor.
O entusiasmo foi geral, muito trabalho, e a feira iniciou suas atividades em tempo recorde. A inauguração foi marcada para o dia 13 de março. Foi uma festança daquelas, tudo muito bem organizado. Foguetes, palanques e balões. Para dar vida à feira, o prefeito Arnaldo Barbosa faria a primeira compra, e Maurício Almada, o discurso oficial.
Estava tudo pronto, era grande a expectativa. Arnaldo vai a uma banca e compra um quilo de mandioca, trazida por um produtor de Padre Trindade. Emocionado, Maurício começa seu discurso e dá a maior gafe da vida:
__Ali está o nosso querido Arnaldo Barbosa com a mandioca na mão. Uma salva de palmas para nosso prefeito com a mandioca na mão!
A risada foi geral. Ao lado de Maurício, o jornalista e radialista Claudinê dos Santos alertou para a mancada, mas já era tarde. O causo ficou registrado como o primeiro da história da feira.