Cronicando: Leviana ardência
Robledo Carlos (de Divinópolis)

E tudo ardia em pleno fogaréu de festas, ao sons de estalos e chiados espumantes em alaranjado intrépido.
Feixe de lenhas e galhos de flores em ardência promíscua de querências de todos.
Nem se feriam, apenas ardiam, queimavam-se.
Flores mortas e secas clareavam a face de si mesmas e do velho tronco amadeirado sutil defumado.
Todos febris.
Não era um devoramento, era uma chama só, uma chama que queimava, e, todas de brilho comum.
Uma orgia inebriante de luz e calor.
Labaredas dançam a formar ondas de mar em tormentos, noutras, calmarias, todas no por do sol.
Ardem felizes.
Um ardume de luz, amor, cinzas e fim.