Cronicando: Lonjuras
Robledo Carlos (de Divinópolis)

E foram as medidas que me cabiam.
Numa cesta, na palma da mão ou em um bouquet.
Ouvira em dias de sol, a penumbra dos gritos de seu silêncio.
Um tantão de amor, para muitos bocados em escambo.
Um bom punhado de buscas e poucas pitadas de olhares.
Um mundo de verdades e um cadiquinho de respostas
Um pulinho para meu alcance para pernadas em fuga.
De toda a minha reserva de pranto, para um mar razo de sentimentos.
Não há abraços, mas uma fundura abisal de querências.
De um coração cheio de saudade e vazio de amanhãs.
Mas o que mais me devora em ardência febril, é a lonjura de seus beijos.