Crônicando: Perceba-me
Robledo Carlos (de Divinópolis)

Sei que essa culpa não carregas
Desse meu sentimento vil
Quando adentrou-te em capela pra sempre
Tudo mudou em mim
Sei que nem me notares, não por desprezo
Ao tentar que me percebas em magia
Fiz gestos e acenos
Usei gravata de flores
Passei perfume de jasmim
Mas vi teus olhos que passavam ao longe
Dentre outros eu os perdi
Despercebido e cego de mim
Rogo a Deus em inocência
O pranto que ainda rola em mim
Maldito foi o momento que pus os olhos em ti
De um amor que eu nem posso
De tentar amar-te
Disso eu me atrevi
Nem ouve um dia sequer
E das noites então por vir
Dormir sonhando em teus braços
E acordar a procurar por ti