Cronicando: Perfuma-me
Robledo Carlos (de Divinópolis)

É abrir de janelas e adentrar descortinando ao vento, em alvo linho a tentar romper passagem sutil sobre o corpo desnudo em carne viva.
Da fonte que jorra em silêncio a lavar-te os cabelos.
Rompe em jasmins, o ferômonio que incita ao amor, é apoemar em flor, do jardim que os dedos vasculham em seu corpo.
É química de alcaloides e cores, carinhos, frutos e amores.
De resto o frasco, que tão pouco importa, melhor que paire nesse momento em que inspiro você.
Fecho o frasco, inebriante amor em fragrância carnal, que evapora, mas você não sai de mim.