Cronicando: Quando me apequeno
Robledo Carlos (de Divinópolis/MG)

Sigo à beira da estrada
Deixo o caminho livre de todos
Eu caminho à beira
Onde tudo se espreita
Onde a plateia espera em ansiedade
Tento seguir em reta as curvas que me acolhem
Tenho a poeira e a certeza que ofuscam meus olhos
Tudo se apequena ao tempo
Tempo das memórias que se vão
Tempo dos cantos que nem sei mais
Tempos de família em macarronada
Tempo de ver pai em busca do sol,
Andando para o sol, se apequenando
Quase sem ser visto...
Eu diminuto míope ainda à beira, à margem, marginalizado.