Cronicando: Trincheira
Robledo Carlos (de Divinópolis)

E eis que de delírios se ouve o silêncio
Ainda sob a fumaça, aos olhos que embaçam
Admira a foto em trêmulas mãos
Que no peito guarda em brasa
À espera que tudo se finda
De tamanha dor no coração
Tão pouco à espera e sob efeito,
levanta em inocente silêncio
e já recebes uma bala no peito
Cai logo com rosto no chão,
que na lama agora tem gosto de fel
Mas guardado em volta de sangue
Atingido por tiro certeiro