Detento é assassinado na Penitenciária de Formiga

Um detento de 29 anos foi assassinado na Penitenciária Regional de Formiga. O corpo dele foi encontrado na manhã desta quinta-feira, dia 23, por agentes penitenciários, durante uma inspeção de rotina na galeria de segurança do Pavilhão II.
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) diz que o detento foi encontrado dependurado pelo pescoço na ventana da cela que ocupava, já sem os sinais vitais. “Dois colegas de cela supostamente confessaram a autoria do homicídio e poderão responder administrativa e criminalmente pela ação, após a conclusão das investigações”, diz a nota.
Depois da descoberta do corpo, a perícia da Polícia Civil foi chamada e realizou uma análise detalhada do local. As autoridades prisionais tomaram as medidas necessárias para preservar a integridade da investigação do crime.
“Todos os procedimentos de segurança cabíveis ao fato foram tomados pela direção da unidade prisional e o corpo foi liberado para o IML local.  As investigações criminais são de responsabilidade da Polícia Civil”, concluiu a Sejusp.
A secretaria informou que a Penitenciária Regional de Formiga, inaugurada no dia 15 de agosto de 2007, tem capacidade para 396 presos. Ela não revelou a quantidade de detentos que hoje ocupam as celas, afirmando que a lotação de unidades prisionais específicas não é divulgada por razões de segurança. Em dezembro do ano passado, “O Pergaminho” teve a informação de que o presídio contava com 739 detentos.

Não é o primeiro homicídio
Esse não é o primeiro homicídio registrado na Penitenciária de Formiga. No dia 11 de abril do ano passado, um outro detento, também de 29 anos, foi morto durante um banho de sol no presídio. O rapaz foi golpeado no peito com um chuço (material artesanal pontiagudo e cortante).
Segundo a Sejusp, a vítima foi encontrada por policiais penais, que acionaram imediatamente a equipe de saúde da penitenciária e o Samu para socorrê-la. Eles realizaram manobras de reanimação, mas o óbito foi constatado no local.
O preso suspeito de cometer o homicídio foi apresentado à autoridade policial. Na época, a Sejusp informou que todos os procedimentos administrativos foram realizados pela direção da unidade prisional, que registrou a ocorrência e abriu procedimento interno para apurar as circunstâncias do crime.