Dietas restritivas e deficiência de nutrientes

A adoção de dietas restritivas com o objetivo de emagrecer tem sido frequente nos últimos anos. Entenda dieta restritiva, neste caso, como uma dieta em que há a exclusão quase que total de algum macronutriente (carboidrato, proteína, gordura) ou uma redução de calorias além do ideal. O objetivo principal, segundo os praticantes, é um resultado mais rápido; entretanto, mesmo com os efeitos colaterais oriundos desta prática, muitos se aventuram por conta própria ou até mesmo por incentivo de outros profissionais, da saúde ou não, porém, com pouco conhecimento de causa. Teremos como exemplo a dieta cetogênica. Esta dieta é utilizada, por um curto período, em pacientes com desordens neurológicas, sendo a epilepsia uma delas. Tem como característica a redução quase que total de carboidratos ao longo do dia, uma vez que o alto consumo de carboidrato, em pacientes com desordens neurológicas, causa maior desconforto em função do aumento no estímulo entre um neurônio e outro. Para os pacientes não neurológicos, a dieta cetogênica é usada para aumentar a degradação de gordura e favorecer o emagrecimento. Uma vez que o indivíduo mantém esse tipo de dieta por muito tempo e sem acompanhamento, é possível desenvolver deficiência de alguns nutrientes e consequentemente a instalação de doenças como: osteoporose, cálculo renal, anemias, colesterol alto, infecções recorrentes, doenças cardiovasculares, anorexia, neuropatia ocular e falha no crescimento, no caso de crianças e adolescentes. Desta forma, antes de buscar alternativas rápidas para emagrecer, atente-se primeiramente às consequências a médio e a longo prazo. O emagrecimento pode até vir mais rápido, mas as consequências virão mais tarde e, em alguns casos, irreversíveis. Busque ajuda de um profissional nutricionista para melhor te auxiliar, pois é possível emagrecer com qualidade de vida e sem sofrimento.

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