Duas empresas e 22 pessoas são denunciadas por venda de ‘carne imprópria’ em Formiga
Ação do Ministério Público é resultado de investigações realizadas na Operação Fort Summer, que apreendeu em março quase meia tonelada de carnes

Duas empresas e 22 pessoas, incluindo proprietários, gerentes e responsáveis técnicos, foram denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por comercializarem “carnes impróprias” para o consumo em Formiga. A ação é resultado de investigações realizadas na Operação Fort Summer, deflagrada no dia 18 de março deste ano, que teve como alvo frigoríficos da cidade e apreendeu quase meia tonelada de carnes.
Conforme divulgou o MPMG ao ‘g1’, os crimes cometidos pelos denunciados incluem organização criminosa, maus-tratos a animais, falsificação de selo público, falsidade ideológica, além de infrações contra a saúde pública, as relações de consumo e a administração ambiental.
De acordo com a denúncia, os envolvidos adquiriam animais doentes a preço baixo, realizavam abates clandestinos e manipulavam os produtos para distribuição e venda. Há indícios de que eram usados carimbos falsificados do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) para tentar legitimar a procedência das carnes.
“As investigações apontaram que eles atuavam em uma estrutura criminosa que envolvia diferentes etapas, desde a negociação de animais doentes até o fornecimento dos produtos adulterados. Cada empresa cumpria uma função específica no esquema – abate, beneficiamento ou distribuição – com o objetivo de obter vantagens de forma ilegal”, informa o MPMG.
Segundo o Ministério Público, os envolvidos adquiriram animais magros e doentes, que não poderiam ser abatidos no exercício da atividade comercial, e realizaram o beneficiamento e a distribuição dos produtos cárneos em condições impróprias para o consumo, inclusive para merendas escolares, via licitações municipais.
A denúncia foi formalizada pela 2ª Promotoria de Justiça de Formiga e pela Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais.