Em alta, mercadinhos seguem escalada da inflação

Em alta, mercadinhos seguem escalada da inflação
Cida Leal é jornalista, escritora e membro da Academia Formiguense de Letras




Um levantamento da NIQ, empresa de pesquisas de mercado NielsenIQ, revelou que o pequeno varejo independente soma hoje, 1,12 milhão de estabelecimentos no Brasil. Isso significa que mercadinhos, farmácias de bairros, bares e pequenos restaurantes respondem atualmente por 95% do total de pontos de venda do varejo no país.

Informações divulgadas em 14 de abril pelo Valor Econômico, mostram que o segmento tem acompanhado a escalada de inflação.

Comparando as informações da pesquisa da NIQ com variações de preços no acumulado de 12 meses, em 6 categorias das 10 que já registram preços mais altos que o mercado, como carnes, chocolates, pães e bolos, café, leite em pó e salgadinhos, a inflação tem se mostrado mais forte que a média geral.

Jornal explica que 73% das categorias de produtos bem exploradas pelos pequenos comerciantes têm preços acima da média do mercado em geral.

Comumente, esses pequenos negócios já contam com preços mais altos. Isso acontece porque estão inseridos em contextos mais localizados, fora do alcance das grandes redes, e de baixa concorrência.

Apesar da expansão desse tipo de negócio, eles seguem afetados pela alta da inflação. Segundo a publicação, a competitividade deles é afetada diretamente pelos altos custos logísticos, negociações de compra via atacadistas e distribuidores e o capital de giro mais caro.

Em tempo, o Diário do Comércio divulgou no início da semana passada, resultado do Ranking Abaas 2025, realizado pela NIQ, em parceria com a Abbas (Associação Brasileiras de Atacarejos), segundo o qual, redes mineiras de atacarejo somaram faturamento de R$ 23,7 bilhões no ano passado.

Pesquisa mostra ainda que as empresas associadas à Abbas, com sede em Minas Gerais, também somaram 264 lojas em operação e mais de 36 mil funcionários em 2024.