Em semana de Copom, apertem os cintos

Em semana de Copom, apertem os cintos
Cida Leal




O Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do Banco Central que define a taxa básica de juros do Brasil, irá se reunir nesta semana para decidir a próxima Selic, que ficará vigente por 45 dias, em ata marcada para 18 e 19 de março, terça e quarta-feira, respectivamente.

Esta é a segunda ata do Copom do ano e a expectativa é de nova alta nos juros, previamente contratada pelo comitê na última reunião. À época, o colegiado indicou a necessidade de um ajuste de pelo menos 1 ponto percentual, caso o cenário de avanço dos preços se mantivesse.

A taxa Selic hoje, decidida em janeiro de 2025, está em 13,25% ao ano. A expectativa é que, essa semana, o juros passem para 14,25% ao ano.

Se se confirmar a probabilidade, este será o quinto avanço consecutivo da Selic, iniciado em setembro de 2024, quando o Copom interrompeu o ciclo de cortes e elevou em 0,25 ponto percentual a taxa.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para controle da inflação. Ela é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia e serve de referência para as demais taxas da economia.

Em suma, a Selic é a taxa de juros referência do mercado. Quando ela sobe, os juros pagos em produtos de crédito tendem a aumentar. Quando ela cai, o crédito fica mais barato.

Taxas mais altas podem conter a atividade econômica.

Já com a redução da Selic, há um incentivo à produção e ao consumo, redução do controle da inflação e estímulo à atividade econômica.

Por isso, não é surpresa para ninguém que o calendário econômico esteja no centro das atenções dos investidores, esta semana.

E não estamos falando só de Copom e taxa Selic...

Em Brasília, o governo pretende apresentar a proposta de reforma do Imposto de Renda.

E o mercado financeiro também está de olho.