Festival de Barroso: troféu de melhor letra sai para música formiguense

‘A cor do convite’, do poeta e letrista formiguense Manoel Gandra com música e interpretação de Juh Almeida, foi um dos destaques do Festican

Festival de Barroso: troféu de melhor letra sai para música formiguense
Juh Almeida com o troféu de Melhor Letra do Festival de Barroso




O 35º Festican (Festival da Canção) da cidade de Barroso, no Campos das Vertentes, acontecido no último sábado, dia 13, apontou como melhor letra do certame a da canção “A cor do convite”, do poeta e letrista formiguense Manoel Gandra com música e interpretação de Juh Almeida.

O evento começou na sexta com a apresentação das 15 músicas classificadas, sendo que oito foram para a finalíssima na noite de sábado. “A cor do convite” está disponível no youtube https://www.youtube.com/watch?v=SbtDRZTLO34”, essa foi a quinta vez que ele foi premiada, Ficou em primeiro lugar em Jandira-SP e em Formiga, em segundo em Itaúna e melhor intérprete em Paraguaçu. Ela será apresentada no próximo final de semana em Cruzília, no Sul de Minas.

A letra de ‘A cor do convite’ 

 

Música: Juh Almeida

Letra: Manoel Gandra

 

 

Houve dias de clamor

e as vias não se opuseram.

Cada lágrima cativa em dissabor

caiu

de tempo,

em tempo,

em tempo,

em tempo,

em lentidão.

 

Prantos encobertos pela chuva,

a emoção em desespero se molhou.

A pele negra, entrave de agrura,

renascera sobre o sonho que restou.

 

Há um vaso

onde a flor se apaixonou,

ela brotou para viver a sua cor.

A crença e a trajetória

que inibem o feitor

toda verdade que se aflorou .

 

Não é mais tempo

de cantar a dor,

há um brilho de suor inspirador,

há um povo que só faz sorrir

e as mãos abertas para o porvir.

 

Há de se cantar os acalantos,

rodopiar pelas matas,

pelo ar.

Trago comigo

a fé pelo meu santo

e as ondas de espumas

do meu mar.

 

Miscigenar pra afrontar o mal

de quem sofreu em troncos e galés,

de quem não abre mão de ser igual

e renova a liberdade pela fé.

 

Quem sofreu o corte mais hostil

é o povo que ensina e é aprendiz.

Hoje é doce, carinhoso e gentil

colorindo cada canto do país.

 

Os meus cabelos são como vieram,

o meu poema, mais do que disseram.

Atabaques, tambores, shequerê

a minha dança convidou você.