Formiga registra inflação de 0,38% em dezembro
IPC-FGA foi menor do que o IPCA-Brasil, que registrou alta dos preços de 0,52% no mesmo período

O Índice de Preços ao Consumidor de Formiga (IPC-FGA) referente a dezembro deste ano apresentou uma inflação de 0,38%. Ele foi menor do que o IPCA-Brasil, que registrou alta dos preços de 0,52% no mesmo período.
Embora o índice na cidade tenha ficado abaixo da inflação brasileira no mês passado, ele foi maior do que o do país no acumulado de 2024. O Brasil teve uma inflação de 4,83% no ano passado enquanto Formiga registrou uma alta de preços de 5,16%, ou seja, 6,97% a mais que a média nacional (o teto da inflação nacional foi projetado pelo Banco Central do Brasil em 4,5%, sendo a meta em 3,0%). Essas informações são do boletim do IPC-FGA, divulgado pelo Unifor-MG.
O boletim visa mensurar e divulgar, entre os dias 19 e 21 de cada mês, a variação dos preços no município. O IPC-FGA se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada, e é obtido a partir das fórmulas empregadas pelo IBGE no cálculo do IPCA, sendo os fatores de impacto (pesos) de cada item adaptados a partir de Belo Horizonte. O Unifor-MG informou que são coletados, entre os dias 05 e 15 de cada mês, os preços médios de 209 itens, divididos em 9 grupos, nos 4 estabelecimentos de maior relevância econômica da cidade.
Inflação e deflação
Segundo o boletim, dos nove grupos componentes da variação de preços, quatro apresentaram inflação em dezembro: “Alimentos e Bebidas”; “Despesas Pessoais”; “Vestuário” e “Educação”. “Houve uma disparada de preços no ‘Alimentos e Bebidas’, liderando o grupo inflacionário e registrando alta de 0,46%. Embora tenha ocorrido a redução de preço de alguns alimentos como o abacate (36,11%), tomate (22,07%), abobrinha (9,87%), cebola (5,49%) e macarrão (3,06%), outros seguiram aumentando, tais como limão e laranja (16,17%), carnes em geral (12,38%), café moído (8,64%), leite (5,06%) e arroz (2,31%), sendo que este último tem grande peso enquanto componente inflacionário. Em segundo lugar, ‘Despesas Pessoais’ registrou uma alta surpreendente de 018% e motivada por um único fator: a disparada do dólar, fator já apontado anteriormente, e que impactou fortemente o setor de turismo e serviços correlatos, como táxi, transporte por aplicativo e tickets para eventos, como shows e apresentações culturais. Na sequência, ‘Vestuário’, que continua no grupo inflacionário, anotou 0,11% devido ao repasse de custos dos produtos importados, impactando, principalmente, roupas e adereços femininos. Fechando o bloco inflacionário, o grupo ‘Educação’ registrou 0,05% de inflação por conta da chegada dos primeiros itens da nova coleção de cadernos, jogos de lápis, agendas e outros”.
Ainda de acordo com o boletim, não houve registro de variação de preços (0,00%) para o grupo “Comunicação”. “Contudo, isso não significa que seus componentes não tenham sofrido aumento de preço, mas, sim, que os eventuais aumentos e reduções contrabalancearam-se, resultando num índice não passível de registro de flutuação”.
A maior redução de preços foi registrada para o grupo “Habitação” (0,22%) devido à queda no preço dos aluguéis comerciais, principalmente aqueles que se situam fora do centro comercial da cidade. Outro grupo deflacionário com expressiva redução foi “Artigos de Residência”, fortemente influenciado pelo setor de varejo, nesse caso, as vendas pela internet suprimiram boa parte das vendas das lojas físicas, reduzindo preços de aparelhos de som (14,77%), TV’s (9,55%) e fritadeiras elétricas (3,12%), ainda que outros tenham subido, como colchões (2,12%) e estofados (1,93%). “Saúde e Cuidados Pessoais” foi outro grupo deflacionário (0,05%), registrando queda em produtos de higiene, tais como sabonetes (5,61%), cremes condicionadores e xampus (1,18%), em contraponto a outros, principalmente aos ligados aos cuidados com a barba, a exemplo dos aparelhos descartáveis (6,02%) e cremes (4,87%). Por último, “Transportes” registraram leve queda (0,02%) por conta da discreta redução do preço do óleo diesel (0,11%) e pela estabilidade dos demais componentes deste grupo.