Formiga registra inflação de 0,50% em novembro

Em comparação a outubro, a alta de preços se manteve estável

Formiga registra inflação de 0,50% em novembro
O grupo ‘Alimentos e Bebidas’ continua liderando os componentes inflacionários




O Índice de Preços ao Consumidor de Formiga (IPC-FGA) referente a novembro de 2024 apresentou uma inflação de 0,50%. Em comparação a outubro, que foi de 0,51%, a alta de preços se manteve estável. As informações são do Centro Universitário de Formiga, responsável pela pesquisa.

Mensalmente, a instituição divulga o boletim do IPC-FGA com a variação dos preços de produtos e serviços no município. O índice se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, cuja pessoa de referência é assalariada, e é obtido a partir das fórmulas empregadas pelo IBGE no cálculo do IPCA, sendo os fatores de impacto (pesos) de cada item adaptados a partir de Belo Horizonte. 

Segundo o Unifor-MG, entre os dias 05 e 15 de cada mês, são coletados os preços médios de 209 itens, divididos em 9 grupos, nos 4 estabelecimentos de maior relevância econômica da cidade.

A inflação

De acordo com o boletim, dos nove grupos pesquisados em novembro, sete apresentaram variação positiva, ou seja, inflação. ‘A expectativa de elevação do PIB e os baixos índices de desemprego não foram capazes de superar as incertezas do mercado sobre a capacidade de gestão dos custos governamentais’, ressalta.

O grupo “Alimentos e Bebidas” novamente liderou o grupo inflacionário, registrando 0,22% de alta nos preços. Os maiores percentuais ficaram por conta do abacate (57,08%), limão e laranja (46,07%), café (29,46%), carnes em geral (21,06%) e óleo de soja (11,05%), enquanto as maiores deflações foram registradas para a cenoura (24,77%) e a cebola (22,16%).

Mantendo a mesma sequência dos meses anteriores, o grupo “Habitação” registrou inflação de 0,08%, reduzindo o percentual registrado anteriormente como produto da mudança da bandeira tarifária para “amarela”. “Transportes” e “Vestuário” registraram, cada um, 0,06% de alta nos preços. No caso do primeiro, houve ligeira elevação dos custos da gasolina (4,1%) em contraponto a redução do etanol (3,88%), ao passo que o óleo diesel, óleos lubrificantes e demais aditivos se mantiveram estáveis. Já no caso do “Vestuário”, a alta procura por roupas de verão, novamente, elevaram os preços de roupas leves, principalmente aquelas destinadas a crianças. “Artigos de Residência” registrou significativa queda em relação ao mês anterior (0,04%), principalmente, por conta da estabilização de preços dos produtos da linha branca (geladeiras, fornos e fogões), talvez, influenciado pelas ofertas antecipadas da Black Friday, data comercial mais importante de novembro. O grupo “Saúde e Cuidados Pessoais” registrou um percentual muito próximo ao anteriormente registrado (0,03%) pelo mesmo motivo, ou seja, o aniversário de vários planos corporativos de saúde, o que permitiu seu reajuste. “Despesas Pessoais” foi o último grupo inflacionário passível de registro de inflação (0,02%), pressionado, principalmente, pela alta do setor de turismo, cuja pressão do dólar chegou a impor mais de 50% de aumento para vários pacotes, inclusive, aqueles de destino nacional. O grupo “Educação” não registrou inflação, nem deflação, ou seja, foi 0,00%, contudo, como já explicado, isso não significa que seus componentes não tenham sofrido aumento de preço, mas sim que os eventuais aumentos e reduções contrabalancearam-se, resultando num índice não passível de registro de flutuação. 

Ainda de acordo com o boletim, o único componente deflacionário registrado nesta pesquisa foi o grupo “Comunicação” (0,01%), promovido pela oferta de mais planos segmentados e populares de dados e voz. 

IPCA-Brasil

O IPCA-Brasil, medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no mesmo período avaliado pela pesquisa do IPC-FGA, registrou uma inflação de 0,39%. ‘No acumulado do ano de 2024, o IPCA-Brasil já registra alta de 4,21%, enquanto o IPC-FGA já acumula 4,78%, o que estourou, com mais de um mês de antecedência, o teto de 4,5% de inflação estipulado pelo Banco Central do Brasil (e relembrando que a meta é 3,0%)’, destacou o boletim.

A diferença entre o Custo da Cesta Básica de Formiga (CCB-FGA) e o Custo da Cesta Básica em Belo Horizonte-MG, cidade-referência medida pelo DIEESE, confirma a tendência de queda. O CCB-FGA saltou para R$ 634,84 e acompanhando a cesta básica em BH, que também subiu e foi para R$ 686,90.