Formiga tem saldo negativo de 278 vagas formais em dezembro

Setores que mais demitiram foram o de serviços e a indústria, aponta Caged

Formiga tem saldo negativo de 278 vagas formais em dezembro
Dezembro foi o pior mês do ano para trabalhadores com carteira assinada em Formiga - Foto: TV Cultura/UOL/Anasps




O último mês de 2022 foi o mais cruel para o trabalhador formal, tanto em Formiga quanto em Minas e no Brasil. Dados divulgados nesta terça-feira, 31 de janeiro, pelo Ministério do Trabalho e Previdência, obtidos por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), revelam que dezembro teve saldo de -278 vagas de emprego com carteira assinada. O resultado é a diferença entre 608 admissões e 886 desligamentos. Foi o pior apurado em todo o ano passado, perdendo apenas para janeiro, que teve saldo de -60 novos postos.

O setor de serviços, que liderou a geração de empregos na maioria dos meses, em dezembro ficou no vermelho: contratou 250, demitiu 360, fechando com saldo de -110 vagas. Atrás dele, vem a indústria, com 68 admissões e 161 desligamentos, resultando em -93 postos de trabalho formal extintos. No período analisado, apenas a agropecuária ficou com saldo positivo de três novas vagas.

Fora dezembro e janeiro do ano passado, os outros dez meses tiveram saldo positivo. Foram 64 novas vagas em fevereiro, 53 em março, 127 em abril, 162 em maio, 95 em junho, 105 em julho, 107 em agosto, 13 em setembro, 150 em outubro e 42 em novembro.

No acumulado do ano, o município contratou 9.915 trabalhadores e demitiu 9.356, ficando com saldo positivo de 559 vagas.

O Caged foi criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele analisa setores como comércio, serviços, indústria, construção civil e agricultura, sendo utilizado pelo Programa de Seguro-Desemprego para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. Serve ainda como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.

Os dados do Caged se referem apenas a trabalhadores do setor privado com carteira assinada, a partir das movimentações das empresas que são informadas ao Ministério do Trabalho.

Assim, a conta não inclui os informais e, com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que é realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 

Minas e Brasil

O estado e o país também demitiram mais que contrataram em dezembro de 2022.

Minas Gerais ficou com saldo de -45.761 vagas (146.909 contratações e 192.670 desligamentos) e o Brasil com -431.011 (1.382.923 admissões e 1.813.934 demissões).

Em ambos os casos, o setor de serviços e a indústria foram os vilões. Em Minas, o saldo ficou em -16.596 e -11.695, respectivamente. Já no Brasil, foi de -188.064 e -114.246.