Geração de empregos: ano começa no vermelho em Formiga

Dados do Caged revelam que janeiro teve saldo negativo de 147 vagas com carteira assinada

Geração de empregos: ano começa no vermelho em Formiga
Considerando os últimos 12 meses, a geração de emprego com carteira assinada ficou com saldo positivo de 479 vagas em Formiga (Foto: Portal Unit)




O último mês de 2022 fechou com saldo negativo (-278) na geração de empregos com carteira assinada e 2023 entrou no mesmo ritmo. Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência no final da tarde de quinta-feira, 9 de março, revelam que janeiro permaneceu no vermelho em relação à criação de novas oportunidades de trabalho formal. No período, houve 888 admissões e 1.035 desligamentos, ou seja, o saldo foi de -147 vagas.
Assim como ocorreu em dezembro, o setor de serviços, que ao longo do ano passado liderou a geração de empregos na maioria dos meses, também demitiu mais do que contratou em janeiro. Foram 400 contratações e 505 desligamentos, ficando com saldo de 105 vagas extintas. O comércio vem em seguida: 210 admissões, 270 demissões, saldo de -60 postos de trabalho.
Considerando os últimos 12 meses, a geração de emprego ficou com saldo positivo de 479 vagas, diferença entre 10.031 contratações e 9.552 desligamentos.
O Caged foi criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ele analisa setores como comércio, serviços, indústria, construção civil e agricultura, sendo utilizado pelo Programa de Seguro-Desemprego para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. Serve ainda como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que subsidia a tomada de decisões para ações governamentais.
Os dados do Caged se referem apenas a trabalhadores do setor privado com carteira assinada, a partir das movimentações das empresas que são informadas ao Ministério do Trabalho.
Assim, a conta não inclui os informais e, com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que é realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No país
Ao contrário do que aconteceu em Formiga, o Brasil registrou, em janeiro de 2023, a criação de 83.297 novas vagas com carteira assinada (1.874.226 contratados e 1.790.929 demitidos), conforme apontou o Caged. No mesmo mês do ano passado, tinham sido criados 155.178 postos de trabalho, nos dados sem ajuste, que não consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Ou seja, devido à desaceleração econômica e o fechamento de vagas temporárias no comércio, houve queda na abertura de emprego formal em janeiro deste ano. Apesar da desaceleração em relação a janeiro de 2022, houve melhora em relação a dezembro, quando haviam sido fechados 440.669 postos.
Na divisão por ramo de atividade, a estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 40.686 postos. Já o comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, fechou 53.524 vagas com carteira assinada no mês passado.

No Estado
Minas Gerais, assim como a Cidade das Areias Brancas, também ficou com saldo negativo na geração de emprego formal em janeiro: - 1.067 vagas, para um total de 195.375 admissões e 196.442 demissões.
No estado, a construção civil ficou com o melhor saldo positivo: 3.226, enquanto o comércio fechou 7.183 postos de trabalho com carteira assinada.