Geraldo Vasconcelos

“Muitas vezes, os caminhos se fazem durante a caminhada. Hoje, dividindo os dias entre Belo Horizonte e São João del-Rei, Geraldo Vasconcelos, servidor público federal (é professor universitário) nasceu em 21 de setembro de 1958. Filho de Milton Cabral de Vasconcelos e Maria José Rodrigues de Vasconcelos, é casado com Maria Isabel R. França.
“Morei no Hotel Oeste, papai foi o proprietário, por três anos. Tinha um quintal enorme onde brincávamos, lembro até que o Antônio Claret, o Doutor Tuniquinho, quebrou o braço pulando de uma barra de fazer ginástica. Quando criança, só não ia à Praça de Esportes às segundas-feiras, era quando fechava. A Praça é minha melhor lembrança de Formiga, passei toda a minha infância lá. Aprendi a nadar com minha irmã Maria Lúcia no horário feminino, das 14 às 15h30. Antigamente, havia isso. Após crescer um pouco mais, lá pelos sete anos, ia sozinho . Aos nove, comecei a treinar com o técnico, o Sargento Gontijo. Lembro-me bem dos companheiros Eitel, Bolão, Carlinhos, meu irmão Jorge, William, Sydinho e Zé Mário. Na minha equipe de revezamento 4x4, eu nadava golfinho”.
Sem esforços, Geraldo se recorda dos bons momentos: “Tenho saudades da banda que tocava na Praça Ferreira Pires, era quando brincávamos e corríamos em volta do coreto; durante o dia, fugíamos do Zico Babão. No Cine Glória, passávamos por entre as grades da Rua Pio XII para assistir seriados na matinée. Ficávamos de olho no Seu Lima, que ficava na portaria, quando ele se distraía, entrávamos escondidos”.
Em janeiro de 1971,Geraldo pegou o ônibus do Nicodemos da Viação São José e seguiu caminho para Belo Horizonte. Um novo destino o convocava. “Não existe mais a possibilidade de voltar para Formiga. Após mudar para Belo Horizonte, criei raízes: foi onde estudei e me formei, é na capital mineira que estão os atuais amigos e os lugares preferidos. Porém, faço questão, sempre que possível, de não perder os programas de rádio do Kadão, o Ricardo Lima, meu amigo de Praça Getúlio Vargas”.