Jejum intermitente e seu impacto na saúde
Johnatan Braz - Nutricionista

O jejum intermitente (JI) é uma abordagem de tratamento, na nutrição, que pode ser usada no dia-a-dia das pessoas. Existem protocolos de 8, 10, 12, 16h em jejum. Particularmente falando, não tenho nada contra a prática do jejum. O problema, na minha opinião e, considerando a prática clínica, é o fato dele simplesmente não te oferecer nada além do que os outros métodos também não façam, entendeu? Ele não é superior aos demais protocolos e você obtêm os mesmos resultados. A diferença é que, na prática, do JI, você tende a pensar em comida o tempo inteiro, terá dores de cabeça, sensação de fraqueza e demais efeitos colaterais até seu corpo acostumar com a nova rotina alimentar. Quando se pensa em emagrecimento, os estudos mostram que os resultados do JI foram semelhantes àqueles com 5 ou 6 refeições ao longo do dia, diferenciando apenas na questão de que, quem fez JI obteve reganho de peso mais rápido e em maior quantidade pela privação que desencadeou compulsão alimentar. Da mesma forma, existem estudos que mostram que a prática do JI foi eficaz em reduzir o estresse oxidativo em nossas células e melhoraram a saúde das mitocôndrias. Resumindo para você entender: o JI pode vir a reduzir quadros inflamatórios, prevenir de possíveis doenças e aumentar a saúde do nosso corpo com uma melhor produção e liberação de energia. Até aqui tudo certo. O problema é que estes estudos não foram feitos em humanos, e sim com animais ou células. E os poucos feitos em humanos, a metodologia é bem confusa, ou seja, não dá pra saber se de fato funcionou ou não. A meu ver, o JI, apesar de ser uma estratégia a ser colocada em prática, não oferece nada além dos demais métodos de tratamento, muito pelo contrário, faz com que as pessoas que se submetem a ele tenham mais chances de desenvolverem compulsão alimentar por sentir fome, além dos efeitos colaterais nada agradáveis e, consequentemente, pioram o humor do indivíduo com agravamento de ansiedade.