LIRAa aponta médio risco de epidemia de dengue em Formiga

Levantamento é o segundo de 2024 e foi feito entre os dias 20 e 24 de maio

LIRAa aponta médio risco de epidemia de dengue em Formiga
A maioria dos focos do mosquito da dengue foi encontrada nas residências: 87,87% do total - Foto Pixabay/Reprodução




 Depois de uma temporada com altos índices de casos de dengue, Formiga respira um pouco aliviada em relação à doença. É que o segundo LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti ) de 2024, realizado entre os dias 20 e 24 de maio, apontou médio risco de epidemia de dengue na cidade, com índice de infestação predial de 1,9. A pesquisa, realizada pelo Setor de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, foi divulgado na quarta-feira, dia 29, pela Prefeitura.

As estatísticas indicam que índices de 0 a 0,9 enquadram os municípios em situação de “baixo risco”; de 1,0 a 3,9 é “médio risco” e acima de 4,0 é considerado “alto risco”.

Segundo a Prefeitura, em um comparativo com maio de 2023, quando foi registrado índice de 1,1, houve um aumento de 0,8 no resultado do mesmo período deste ano.

“O resultado do LIRAa serve para exemplificar que, para cada 100 imóveis existentes em Formiga, 1,9 deles têm focos do mosquito. Além do índice de infestação predial, o levantamento apresenta o ‘Índice de Breteau’ [um valor numérico que define a quantidade de Aedes aegypti em fase larvária encontrada dentro das residências e serve como referência para medir o nível de infestação do mosquito], no qual o resultado foi de 2,1, indicando que para cada 100 imóveis pesquisados durante o levantamento, 2,1 possuem recipientes com larvas positivas”, ressaltou.

A Prefeitura informou ainda que o LIRAa foi realizado em 1.724 imóveis (residências, terrenos baldios, comércios e outros). A maioria dos focos foi encontrada nas residências, 87,87% do total.

“A porcentagem de recipientes com larvas positivas para Aedes aegypti dentro das casas é alto, isso mostra integralmente a ‘preferência’ do mosquito para desovar em ambiente residencial e o quanto a população ainda precisa melhorar as ações de prevenção. Predominaram os focos em primeiro lugar no lixo doméstico [recipientes plásticos, latas, garrafas, sucatas, entre outros], seguido por depósitos móveis [pratos de plantas, bebedouros, baldes], em terceiro, os depósitos ao nível do solo [tanques, tambores ou similares] e, por último, nos depósitos fixos, como calhas, ralinhos e pneus.  A equipe do setor de Endemias observou que os focos do mosquito predominaram em recipientes de fácil eliminação e que uma parte da população ainda não descarta esses materiais da maneira mais adequada”, pontuou.