Maiára Gomes de Freitas

Médicas, em Belo Horizonte, quando houve um sorteio para internato rural, uma espécie de estágio em comunidades rurais de cidades do interior de Minas. O ano era 2001 e Formiga foi a cidade sorteada para mim. Foi chegar e me apaixonar. Formei-me em 2002, vim e estou até hoje”.
Quem conta é Maiára Gomes de Freitas. Nascida em 3 de fevereiro de 1976 na cidade de Itabira. Mudou-se com a família em 1977 para Betim. Filha de João Luiz Rodrigues de Freitas e de Eugênia Magalhães Gomes Rodrigues de Freitas, é casada com Manoel Gandra.
“Vim para trabalhar como contratada e firmei o pé quando passei no concurso público municipal. Hoje, sinto muito orgulho de ser cidadã honorária desta cidade que tão bem me acolheu”. Maiára conta que pode sentir de perto as diferenças culturais que existem entre a grande BH e as cidades do porte de Formiga assim que desembarcou nas Areias Brancas: “Inicialmente, eu achava muito engraçado quando todo mundo me perguntava: ‘Você é filha de quem?’. Também não nego que achava curioso as conhecidas e gentis sacoleiras que mandavam roupas para minha casa, para o meu trabalho, eu tinha até caderneta para anotar na padaria e no táxi. Eu ia trabalhar a pé e as pessoas me davam ‘Bom dia!’, parecendo que me conheciam há tempos. Quando cheguei, as casas e os carros ficavam abertos o dia todo e não havia o menor perigo. Nunca vi lugar melhor para se viver. Então, eu pensei: ‘É aqui que eu quero morar’”.
“Ir embora? Como se vai de um lugar como Formiga. A qualidade de vida é o grande diferencial. Demoro 10 minutos para chegar ao trabalho, acordo com o cantar dos pássaros e durmo com o barulho do vento balançando as árvores. Um luxo incalculável”.