Município de turmalina discute a pauta de atendimento e proteção à criança e adolescente vítima ou testemunha de crimes sexuais

Município de turmalina discute a pauta de atendimento e proteção à criança e adolescente vítima ou testemunha de crimes sexuais




O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Turmalina e da Coordenadoria Regional de Defesa da Educação e dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (Credca-VJM), realizou, no dia 21 de julho, reunião da Rede Socioassistencial para Crianças e Adolescentes do município de Turmalina.

O evento, realizado no Fórum local, tratou do tema "Atendimento e proteção à criança e adolescente vítima ou testemunha de crimes sexuais." Com cerca de 50 participantes, o encontro teve como objetivo capacitar os profissionais e desenvolver ações articuladas voltadas para o fortalecimento do sistema de garantia de direitos das crianças e adolescentes.

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Do MPMG, estiveram presentes as promotoras de Justiça Marina Vivas Costa Cardoso (de Turmalina) e Mariah Santos Santa Anna (coordenadora da Credca-VJM) e o analista da Credca-VJM Pablo Tavares Chaves. Também participaram o juiz de Direito Júlio Alexandre Fialho Moreira, a assistente social do TJMG Aneliza Machado Guimarães, o comandante do 4º Pelotão de Turmalina, Weskrley Henrique de Jesus, além de representantes do Poder Público e outros atores sociais locais.

Durante as explanações, foi abordada a Lei nº 13.431/2017, que estabelece o sistema de garantias de diretos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei nº 8.069/1990 (ECA). Entre os aspectos destacados, foi reforçada a necessidade de o município articular sua rede intersetorial para o atendimento desse público que presencia ou sofre algum tipo de violência, seja ela física, psicológica, sexual, institucional ou patrimonial.

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Além disso, foram salientados os aspectos para implantação do instituto da "escuta especializada", dado que é responsabilidade da rede de proteção realizar essa intervenção, objetivando providenciar o acesso aos cuidados, à proteção e aos direitos das crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência. Foi pontuada também a falta de articulação da rede, com a necessidade de aprimorar o diálogo e a comunicação com os demais atores, em especial nas áreas com gestores distintos, como por exemplo, interlocução entre saúde e educação.

Foi apresentado na reunião um passo a passo para que o município possa efetivamente implantar em seu território protocolos e fluxos de atendimento, sobretudo quando houver a necessidade de instituir o Comitê de Gestão Colegiada da Rede de Cuidados e de Proteção Social das Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência e de definição dos órgãos e profissionais devidamente capacitados para a realização da escuta, evitando-se que a criança ou o adolescente sejam expostos a falar várias vezes sobre o trauma sofrido, causando revitimização e até mesmo violência institucional.

Fonte: Ministério Publico MG