Na bica do ano que vem

Na bica do ano que vem




As conversas, compromissos e articulações para as eleições municipais de 2024 já começaram. Reuniões já estão acontecendo e o pé de ouvido e as línguas sussurrantes se embalam em plenas atividades.

         Em todo ano de eleições municipais, várias personalidades dos mais diversos segmentos e tonalidades assumem a tradicional postura de quem vai “colocar o nome para a avaliação do eleitor”, mas, na hora do pega pra capar, acabam arregando. Acontece que na fritada dos ovos, são sempre os mesmos de sempre e um ou outro novo em rodinha na Praça Getúlio Vargas.

         O ano que vem está na bica, mas um dado que se mantém desanimador é o afastamento quase que total e o completo desinteresse do jovem formiguense pela política. A rapaziada está de olho é no que não tem muita importância, é em redes sociais e na roupa nova, necas de engajamento ideológico.

         Em conversas com determinados corneteiros da esquerda que emolduram suas catervas, ouve-se o lamento de que Formiga é uma cidade “direitista” e “bolsonarista”. Nem calçam a cara para admitir que foram eles mesmos que deram aquela banana sacana para os que estavam com eles. Uma cidade que chegou a ter prefeito e três vereadores do PT e um presidente da Câmara Municipal do PCdoB não pode ser de direita.

         Já um pessoalzinho de direita que tem por aí (que nem sabe o que é direta e esquerda na política) reclama que os mais chatos e radicais são os de esquerda, que se deixarem eles tomam conta do pedaço e avacalham tudo. O que acontece é que, geralmente, os que bufam são os que estão doidos para serem vistos engajados e, consequentemente, merecedores de um lugar ao sol (de preferência, perto da sombra).

         A verdade é que os de direita e os de esquerda são poucos perto dos nem nem nem. Nem direita, nem esquerda e nem aí. Eles é que serão os fiéis da balança no ano que vem que está na bica de pintar no pedaço.