O Brasil e o tarifaço de Trump

Cadernos de economia dos principais jornais do país desta segunda-feira (7), seguem acompanhando o ‘tarifaço’ americano.
Na última quarta-feira (2), o presidente dos EUA, Donald Trump anunciou uma série de tarifas que vão de 10% a 50% sobre produtos importados aos norte-americanos, contra mais de 180 países.
A medida foi justificada pelo republicano como um ato de "reciprocidade" contra as tarifas aplicadas sobre os produtos fabricados nos EUA.
Decisão de Trump atinge produtos antes livres de cobrança. No caso do Brasil, entre os principais bens comercializados com os EUA, aparecem o petróleo bruto, o aço, aeronaves e o café torrado.
O "Tarifaço" começou a valer no sábado (5).
O anúncio gerou reações em todo o mundo, movimentou os mercados financeiros e acendeu o temor de uma iminente guerra comercial.
Especialistas avaliam inclusive que a medida deve encarecer os próprios produtos e insumos norte-americanos, além de pressionar a inflação e diminuir o consumo no país.
Sem contar que as taxas maiores forçam países parceiros dos EUA a buscarem novos relacionamentos comerciais.
A OMC (Organização Mundial do Comércio) afirmou em comunicado que o “Tarifaço” de Trump deve reduzir os negócios globais em 1% este ano.
O Brasil ficou com uma taxação de 10% sobre todas exportações para os EUA, a menor entre as divulgadas.
Mesmo assim, o efeito da “guerra de tarifas” deve trazer problemas para o comércio internacional no Brasil, segundo os economistas, Os EUA são o principal destino das exportações da indústria brasileira, de acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Há, no entanto, uma expectativa de que a crise possa gerar oportunidades. Alguns especialistas têm destacado que a circunstância pode ser bastante aproveitada pelas exportações brasileiras.
Cida Leal é jornalista, escritora e membro da Academia Formiguense de Letras