Operação ‘Cherokee’ prende 10 e cumpre 21 mandados de busca e apreensão
Ação é resultado de trabalho conjunto entre Polícia Civil, Ministério Público e Polícia Militar

A Operação “Cherokee”, deflagrada nesta terça-feira, dia 23, para combater o tráfico de drogas em Formiga, já prendeu 10 pessoas, oito homens e duas mulheres, e cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, no município e nas cidades de Perdizes e Arcos. A ação é resultado de um trabalho conjunto entre a Polícia Civil (PCMG), o Ministério Público (MPMG) e a Polícia Militar (PMMG).
Na manhã desta terça, uma coletiva de imprensa foi realizada na Delegacia Regional de Polícia Civil em Formiga para esclarecimentos da operação. Estiveram presentes o delegado regional da Polícia Civil em Formiga, Danilo César Basílio, o promotor de justiça do Ministério Público, Ângelo Ansanelli, e o comandante do 63º Batalhão de Polícia Militar em Formiga, tenente-coronel Fábio Gotelip.
Segundo as autoridades, a operação teve início há cerca de oito meses, dando continuidade a outras duas operações realizadas nos últimos dois anos. O promotor Ângelo Ansanelli disse que a ação teve como objetivo reprimir o tráfico nos bairros Rosário, Vila Padre Remaclo, Lajinha e adjacências. “Desarticulamos a organização criminosa que comandava o tráfico nessas localidades. Identificamos quem era o líder dessa organização e os outros que vendiam para ele nesses bairros”, contou.
De acordo com o promotor, todos os presos têm passagem pela polícia por tráfico de drogas e uma das mulheres responde por homicídio. “Entre os presos, há um casal que recentemente se mudou para Perdizes e traficava drogas em Formiga e um homem em Arcos”, disse.
O delegado Danilo ressaltou que, no decorrer da operação, uma grande quantidade de drogas foi apreendida, entre elas cocaína, maconha e crack. “Com essa operação, acredito na diminuição da criminalidade em Formiga. Esse trabalho não se resume ao dia de hoje, mas podemos dizer que hoje foi o ‘Dia D’. O tráfico de drogas na cidade sofreu um duro golpe”, destacou.
Quatro pessoas ainda estão foragidas e, conforme afirmou o tenente-coronel Fábio Gotelip, “os trabalhos na busca por elas continuam”. “Cento e quatro policiais foram envolvidos na operação, entre militares, civis e penais, e as diligências vão continuar.”
Na operação, foram empenhados 46 policiais civis e 12 viaturas; 51 policiais militares e 14 viaturas; sete policiais penais; helicóptero e uma equipe do Canil de Belo Horizonte, o canil da Rocca.
Nome da operação
O nome da operação faz menção à tribo indígena Cherokee, que em 1.838 foi removida de suas terras na Georgia para Oklahoma, nos Estados Unidos. Os americanos expulsaram a tribo para procurar ouro e, durante a remoção, cerca de quatro mil índios morreram. Tal episódio ficou conhecido como “Trail of Tears”, ou seja, “O Caminho das Lágrimas”.
Da mesma forma como a tribo Cherokee foi expulsa de suas terras pelos americanos em busca de ouro, os familiares dos usuários de drogas, abastecidos pelos narcotraficantes, são literalmente expulsos de suas próprias vidas e obrigados a passar pelo caminho das lágrimas.
A busca do lucro sem escrúpulos dizimou a tribo Cherokee. Assim também agem os narcotraficantes. Dizimam famílias em busca de lucros com a venda das drogas.
Na operação, foram empenhados 46 policiais civis e 12 viaturas; 51 policiais militares e 14 viaturas; 7 policiais penais; helicóptero e uma equipe do Canil de Belo Horizonte, o canil da Rocca