Opinião: A equivocada concepção da atividade política
Dirceu Bueno da Fonseca (de Formiga)

Não gosto deles. Estão arraigados no mundo político. Fazem parte do vocabulário de muitos. São simbólicos. Não valem nada. "Direita" e "Esquerda" são termos amplamente usados para expressar a ideologia dos seus adeptos.
Existem fanáticos inflexíveis pelas duas correntes, muitas vezes inspirados na figura com mais representatividade de cada lado. No momento endeusam Bolsonaro (Direita) e Lula (Esquerda). Para mim, não merecem confiança. São bravateiros e impostores. Faltam-lhes as virtudes que a Filosofia Política preconiza para um homem público. Entendo que a boa-fé é a principal. Aliás, esta condição leva à descrença da nobre ciência política.
Nos últimos anos o Brasil esteve nas mãos das duas ideologias. Houve alguma mudança para o bem do país? Foram arrostados os problemas cruciantes que afligem a sociedade? (por exemplo a violência desenfreada praticada por criminosos de alta periculosidade, que matam inocentes "a torto e a direito", por "dá cá aquela palha"). Houve coragem para extirpar o grande mal da administração pública? (concessão de benefícios financeiros imorais a integrantes dos três Poderes, comprometendo expressivamente as finanças públicas). Vê-se que nenhuma delas se preocupa com o legítimo anseio do povo.
As duas lutam ferrenhamente pela conquista do Poder. Buscam-no a qualquer preço. Não importam os meios. Se forem escusos, não tem importância. Ignoram a decência. Impera a falta de escrúpulo. Não há nobreza nos objetivos. São farinha do mesmo saco.
Coitado do povo!
Não há vislumbre de mudança. Então...?