Opinião: Adélia Prado

Robledo Carlos (de Divinópolis)

Opinião: Adélia Prado
Robledo Carlos é representante comercial




Da magnitude de vitrais em luz, a transparência colorida em sons de capela!

Hoje nem quero sinos!

Reverbera o som de Deus.

Gosto da sirene, do cheiro de café, de tomar benção ao deitar.

Nem haverei de dormir sem rezar o credo, me põe juntinho com Nosso Senhor, à espera do dito “durma com Deus”, pronunciado em ordem profética por mãe.

Te ver passar a mão no rosto é mágico e alivia a minha dor!

Esses cotovelos que me encaram, feios a fazer careta para mim, agora e todo o sempre no banco da frente na Santa Missa.

Cabelos brancos de velho, cabelos brancos em alvo, cabelos brancos e descoloridos de Adélia.

Se dá bem com o pretinho básico, comprado nem sei onde, mas me traz esplendor em luz, com força de um trem que atravessa a noite, o coração.

Recite um poema, pausado, espere as borboletas que nos ouvem e atrapalham em batidas de asas frenéticas a ouvi-la.

Essa dona doida que fala com o coração, em silêncio perturba e fala diretamente aos nossos corações, principalmente ao meu, que só anda em descompasso!

Para seu caminho, nem aço nem pedras, te dou pétalas de rosas e jasmim, para que mesmo descalça e sem asas, aporte nos sentimentos mais nobres onde pisares.

Esse mundo geleia, de uma dona doida, de vitrais, de receitas, de uma mulher peculiar, filha de Maria, amada por teu filho Jesus!

Viva

Dona Adélia Prado!