PCMG conclui investigação de homicídio e atentado em Montes Claros

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, nessa quinta-feira (14/9), mandado de busca e apreensão expedido para a residência de um homem, de 43 anos, investigado por homicídio qualificado, na forma tentada e consumada, praticado contra dois irmãos, de 33 e 38 anos, durante uma confraternização na casa de um deles, no bairro Monte Sião, em Montes Claros, na região Norte do estado. O crime foi motivado por um desentendimento entre os envolvidos devido ao barulho de um som.
Dinâmica do Crime
Conforme apurado pela PCMG, no dia 2 de julho, por volta de meia noite, após uma discussão por perturbação da tranquilidade durante uma confraternização entre familiares, o suspeito, que era vizinho de uma das vítimas, incomodado com o barulho da festa, acertou alguns murros no muro que separa as duas casas e foi respondido pelo mesmo gesto. Em seguida, os envolvidos iniciaram uma discussão no meio da rua.
Segundo o delegado Bruno Rezende da Silveira, responsável pela investigação, quando o suspeito foi para a rua discutir com as vítimas ele colocou uma arma de fogo na cintura e a usou para atirar nos irmãos. "Assim que sacou a arma, ele deu um tiro que atingiu a cabeça do rapaz de 33 anos, que faleceu no local. Ele também atirou na outra vítima, irmão dele, acertando seu punho esquerdo e ombro. Depois, fugiu, levando a arma, e não foi localizado", explicou.
Alguns dias depois, porém, ele se apresentou espontaneamente e assumiu ter efetuado os disparos, alegando legítima defesa. Ele disse, ainda, que no momento da discussão portava na cintura um revólver calibre 38, com três munições. Sobre a arma, disse tê-la perdido no dia dos fatos.
Indiciamento
O delegado informou que com a investigação avançada, o conjunto probatório confirmou a autoria e materialidade da prática delituosa. Nesse sentido, depoimentos de testemunhas, declarações da vítima sobrevivente e elementos técnicos coletados durante a investigação indicaram divergência na tese alegada por ele e a legítima defesa não se sustentou. "As provas colhidas afastaram a tese de que as vítimas atentaram contra a vida do suspeito ou estavam naquele momento portando algum objeto que justificasse o crime", pontuou Bruno.
O delegado acrescentou que o suspeito foi indiciado por homicídio qualificado na forma tentada e consumada, por motivo fútil em razão da discussão pelo volume do som, por crime comum já que ele efetuou disparo de arma de fogo em via pública colocando em risco a vida de terceiros, e ainda, por impossibilitar ou dificultar a defesa das vítimas.
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão nenhum objeto ilícito foi apreen-dido na casa dele. O investigado está com mandado de prisão em aberto.
Fonte: Polícia Civil de MG