Pitadas do Pergaminho

Pitadas do Pergaminho




Alerta geral - I

Miguel Angelo Laporta Nicolelis é um médico e cientista brasileiro, considerado um dos vinte maiores cientistas em sua área no começo da década passada pela revista de divulgação “Scientific American”. Foi considerado pela “Revista Época’” um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. É dele a publicação de quarta-feira, dia 4: “É extremamente importante mostrar que novas variantes ômicron XBB vão causar problemas em todo o mundo por serem muito diferentes da cepa original [...] Alerta Fundamental!”.

 

Alerta geral - II

Depois da nota assustadora de Nicolelis, a coluna fez pesquisa sobre a variante e encontrou no portal da “Folha de Pernambuco” que a última atualização do monitoramento realizado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) mostra que 40,5% dos casos de covid-19 no país atualmente são provocados pela subvariante da ômicron XBB.1.5. O percentual chama a atenção pela velocidade de crescimento, uma vez que no início de dezembro a sublinhagem representava apenas 1,3% das infecções.

 

Alerta geral - III

No mesmo período, as outras variantes da ômicron, que predominam hoje no Brasil segundo o último relatório do Instituto Todos pela Saúde (ITPs), caíram de mais de 55% dos casos sequenciados para cerca de 45%.

 

Alerta geral - IV

A XBB.1.5 foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos e é uma derivada da XBB, subvariante que provocou uma alta de casos em setembro do ano passado em Cingapura e na Índia. A sublinhagem é resultado de uma recombinação de outras versões da ômicron.

 

Alerta geral -  V

Ela cresceu nos dois países asiáticos ao mesmo tempo em que a BQ.1 crescia em outros como os EUA e o Brasil. Isso porque ambas apresentam mutações que aumentam o seu potencial de escapar dos anticorpos conferidos pela infecção prévia e pelas vacinas, e consequentemente de provocar casos de reinfecção.

 

Alerta geral - VI

Um estudo de dezembro, publicado na revista científica “Cell” por pesquisadores da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos, em laboratório, mostrou que essas duas versões da ômicron (BQ e XBB) são as com maior escape imune identificado até o momento, com a XBB tendo uma resistência até 49 vezes maior de resistir às defesas do que a linhagem BA.5, que predominou durante boa parte de 2022.

 

Alerta geral - VII

Essa vantagem está muito relacionada a uma mutação na Spike (proteína que o vírus utiliza para infectar a célula) que aumenta o escape dos anticorpos. Esse escape já foi observado em outras linhagens, mas isso não quer dizer necessariamente que não tenha proteção clínica contra desfechos graves da Covid. Mas isso pode dar uma vantagem evolutiva para o vírus continuar a se disseminar, o que provavelmente está acontecendo.

Isso porque a proteção contra casos graves envolve também as células de defesa, uma parte mais robusta da resposta imunológica que vai além dos anticorpos.

A do dia

_ Titia, você sabe quem são os irmãos dos Dois Berto?

_ Kkk, sei não…

_ São o Humberto e o Zero Berto…

_ Zero Berto?

_ É… Zé Roberto… kkk…

_ Boa… kkk…