PM do Meio Ambiente investiga morte de peixes no Lago de Furnas

Na região de Formiga, o Lago de Furnas continua atrativo, radial e limpo, mas no sul de Minas a coisa não vai muito bem. O problema é que um grande mistério ronda a morte de peixes na região da cidade de Alfenas. A Polícia Militar de Meio Ambiente está conduzindo uma investigação minuciosa após denúncias de moradores locais que suspeitam que o lago possa estar recebendo esgoto de uma estação operada pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

Durante a semana passada, uma equipe da Polícia Militar de Meio Ambiente se deslocou até o local onde os peixes foram encontrados mortos. Os resultados preliminares da investigação sugerem que os peixes pereceram nas proximidades do ponto de deságue da Copasa na represa.

Segundo o portal “g1”, as alegações levantadas pelo presidente da Associação de Pesca Esportiva de Alfenas, Claudiomir Jacinto, levantam dúvidas legítimas sobre a qualidade do tratamento de esgoto na região. Ele questiona por que uma tubulação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) foi instalada até a área próxima ao lago e se o esgoto, supostamente 100% tratado, poderia ser desaguado de forma mais adequada.

Para esclarecer os motivos por trás dessa mortandade de peixes e garantir a segurança ambiental da área, a Polícia Militar de Meio Ambiente planeja realizar análises da qualidade da água. Essas análises ajudarão a determinar se a morte dos peixes foi causada por descarte inadequado de esgoto ou pela possível contaminação de agrotóxicos de uma lavoura próxima.

A preocupação se estende àqueles que frequentam o local para nadar e desfrutar do Lago de Furnas. Embora as autoridades tranquilizem a população, destacando que não há razão para pânico imediato, a situação serve como um lembrete da importância de manter a vigilância ambiental e garantir que a saúde dos ecossistemas locais seja preservada.

Vale mencionar que essa não é a primeira vez que a conduta ambiental da Copasa em relação ao Lago de Furnas é questionada, com denúncias semelhantes datando desde 2012. As autoridades e a Copasa comprometem-se a colaborar nas investigações para esclarecer o que realmente ocorreu e prevenir futuros episódios como esse. A comunidade local e todos os amantes da natureza esperam ansiosamente por respostas e ações para proteger esse precioso recurso natural.