PM inicia campanha para combater violência contra mulheres
Até o dia 10 de dezembro, diversas ações serão implementadas

A Polícia Militar de Minas Gerais – PMMG – lançou nesta segunda-feira, dia 20, uma campanha denominada “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”. A operação vai até o dia 10 de dezembro, com diversas ações que serão implementadas nos municípios mineiros.
Conforme divulgou a PMMG, a iniciativa foi idealizada em virtude das ações desenvolvidas no cenário nacional, bem como no estado de Minas Gerais. “Trata-se de uma campanha de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, da qual a PMMG fará parte, com o objetivo de conscientizar quanto à prevenção à violência contra a mulher, através de mobilização social e instituição de medidas para coibir todas as formas de violência de gênero, além de fomentar as denúncias de práticas ilegais e atuar repressivamente nos casos pontuais”, informou.
As ações programadas para os 21 dias de ativismo são blitz preventiva, reunião com a rede de atendimento à mulher, distribuição de folders PM Serviços, palestras, entre outras.
Violência em Minas
Em Minas Gerais, a cada dois dias uma mulher morre vítima de violência doméstica. Em 50% dos casos, as mortes foram causadas por facas, tesouras ou canivetes. São crimes cometidos por maridos, namorados, ex-companheiros, entre outros. Essa estatística é do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado neste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e noticiado pela Agência Minas.
Segundo ele, o estado é também o terceiro com mais ligações pedindo socorro por violência doméstica no Brasil em 2022. No ano passado, foram 31.908 ligações para o 190 contra 25.156, em 2021.
Um levantamento da Polícia Civil de Minas Gerais mostra que, em 2021, 155 mulheres foram vítimas de feminicídio, que é quando a vítima é assassinada pelo fato de ser mulher. Em 2022, foram 163 mulheres mortas, além de 195 tentativas deste crime.
Violência no Brasil
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que em todo o Brasil, somente em 2021, 3.878 mulheres foram vítimas de homicídio. Os casos registrados como feminicídio chegaram a 1.341. Neste ano, o Brasil já registrou 722 feminicídios entre janeiro e junho, 2,6% a mais do que os 704 casos dessa natureza contabilizados no país no primeiro semestre de 2022. Esse levantamento é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com base em dados das Secretarias Estaduais de Segurança Pública, e foi noticiado pelo “g1”.
De acordo com o Fórum, os 722 feminicídios da primeira metade deste ano são o maior número da série histórica para um primeiro semestre já registrado pela entidade desde 2019.
Conforme o levantamento, o aumento de feminicídios no país foi puxado pela alta de 16,2% (de 235 para 273 casos) dos casos no Sudeste, única região do país com aumento nos registros desse crime no primeiro semestre deste ano. Nas outras quatro regiões brasileiras, os feminicídios caíram neste ano em relação a 2022. As menores quedas percentuais se deram no Nordeste (-5,6%) e no Norte (-2,8%).
No estado de São Paulo, os feminicídios cresceram 33,7% (de 83 para 111 casos) entre os primeiros semestres de 2022 e de 2023, segundo o levantamento do FBSP. Espírito Santo, com alta de 20% (de 15 para 18 ocorrências registradas), e Minas Gerais, com aumento de 11% (de 82 para 91), também contribuíram para o fato de a região Sudeste destacar-se negativamente no quantitativo nacional de feminicídios neste ano. O estado do Rio de Janeiro registrou queda nos casos no mesmo comparativo.
Após ser agredida por namorado, formiguense pede ajuda nas redes sociais
Uma jovem formiguense, que foi covardemente agredida pelo namorado, usou neste fim de semana as redes sociais para expor o caso e pedir ajuda aos seus seguidores. Ela publicou fotos e vídeos e escreveu uma carta relatando o drama que viveu ao ser espancada pelo namorado.
O caso dela já está sendo acompanhado pela Polícia Civil de Formiga. Segundo o delegado regional de Polícia Civil, Danilo César Basílio, a agressão a jovem ocorreu há alguns dias e somente agora ela expôs o caso. Ela foi atendida pela Delegacia da Mulher e possui medida protetiva a seu favor.
Uma das fotos divulgadas pela jovem