Prefeitura promove campanha de teste rápido da sífilis

Casos da doença tem aumentado em Formiga

Prefeitura promove campanha de teste rápido da sífilis
Os testes rápidos da sífilis devem ser agendados nos postos de saúde




Transmitida por contato sexual e também na gestação ou parto, a sífilis tem se espalhado consideravelmente entre os formiguenses. O aumento de casos na cidade fez a Prefeitura, por meio do Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, promover uma campanha de teste rápido da doença.

Segundo a Prefeitura, a sífilis é uma DST (Doença Sexualmente Transmissível) curável e os testes rápidos para detectá-la podem ser feitos gratuitamente nas unidades básicas de saúde do município. Basta a pessoa procurar o posto mais próximo de sua casa e agendar o exame.

“O resultado fica pronto na hora. É bem simples, seguro e rápido. O diagnóstico precoce e o tratamento oportuno e adequado da sífilis adquirida [transmitida durante o sexo sem preservativo ou por transfusão de sangue] e da sífilis congênita [transmitida da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou no parto] são determinantes para impactar na redução da doença”, informou a Prefeitura.

 

Os casos

O aumento da média de casos de sífilis tem sido registrado anualmente em Formiga. Neste ano, de janeiro a novembro, foram notificados 128 casos, uma média de 11,6 casos por mês. Desse total, foram 84 casos de sífilis adquirida; 10 de sífilis congênita; 17 em gestantes e 17 em gestantes com tratamento do parceiro.

Conforme dados divulgados no ano passado pela Prefeitura, em 2022, foram registrados 50 casos de janeiro a junho, uma média de 8,3 casos mensais. Já em 2021, foram 15 casos, uma média de 2,5 registros a cada mês.

 

Conscientização

Conforme divulgou a Prefeitura, a equipe do setor de Vigilância Epidemiológica realiza um trabalho de conscientização sobre a importância da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Durante as visitas, servidores entregam cartilhas com informações importantes sobre as medidas preventivas e realizam testes rápidos de sífilis, HIV, hepatite B e hepatite C.

 

Os sintomas da sífilis

Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primária, de duas a três semanas; secundária, até um ano; latente, sem sintomas por décadas, e terciária, quando surgem lesões neurológicas e visuais e dificuldade de andar). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

Nos adultos, a doença tem sintomas que podem evoluir de feridas genitais e manchas no corpo, febre, mal-estar e até lesões na pele, nos ossos e nos sistemas nervoso e cardiovascular, podendo também desenvolver quadros semelhantes à demência e à depressão. Na gestação, a sífilis pode causar consequências como aborto, parto prematuro, natimortalidade, manifestações congênitas precoces ou tardias ou morte do recém-nascido.

 

Tratamento

A sífilis é simples de ser curada e o tratamento é oferecido pelo SUS, em qualquer posto de saúde. Conforme divulgação da campanha da Saúde, o tratamento do parceiro é necessário e de extrema importância também para a cura da doença. O tratamento à doença é feito com o medicamento “benzilpenicilina benzatina”. “É a única droga com eficácia documentada durante a gestação. Considera-se tratamento adequado para a gestante o uso de benzilpenicilina benzatina na dosagem de 2.400.000 UI para casos de sífilis recente e 7.200.000 UI para casos de sífilis tardia”, consta na divulgação da campanha.

 

Diferença de público

A sífilis adquirida é maior entre o público masculino. Em 2021, 60% dos casos foram em homens e 40% em mulheres. Em 2022, foram 78% no público masculino e 22% no feminino.


Números divulgados pela Prefeitura em relação aos casos de sífilis neste ano