Região de Formiga terá 5ª onda de calor do ano
Fenômeno está previsto para ocorrer de 14 a 20 de dezembro e deverá elevar temperaturas em até 40°C

Preparem-se. O clima vai mais uma vez esquentar, e muito. É que está prevista para a região de Formiga a 5ª onda de calor do ano, que ocorrerá entre os dias 14 e 20 deste mês, com temperaturas próximas dos 40°C. O alerta foi feito nesta segunda-feira, dia 11, pelo Instituto Clima Tempo. Segundo ele, além de grande parte de Minas Gerais, o fenômeno irá afetar outros estados, como Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, sul do Mato Grosso, norte de São Paulo, sul do Tocantins e oeste da Bahia.
Neste ano, o Brasil vem sofrendo com as fortes ondas de calor, que já foram registradas em agosto, setembro, outubro e novembro. Conforme divulgou o “g1”, elas ocorrem quando há uma temperatura cinco graus acima da média por um período de mais de cinco dias. No caso de dezembro, o fenômeno deve se estender por sete dias e será próximo da chegada do verão, que acontece no dia 22 deste mês.
De acordo com o meteorologista do Clima Tempo, Fábio Luengo, a formação da onda de calor é um processo. “Ela se forma aos poucos e se nenhum outro evento faz baixar a temperatura, como uma frente fria, o calor intenso ganha força e chegamos a esses níveis”.
Segundo o Clima Tempo, a onda de calor que se aproxima deve ser menos intensa do que as registradas em agosto, setembro e novembro. No entanto, o instituto alerta que “ainda sentiremos os efeitos da insolação”. Outro fator é que a umidade do ar estará mais alta do que nos últimos episódios. Com isso, a sensação térmica pode ser ainda maior.
2023 em ebulição
O mês de novembro terminou como o sexto mês consecutivo de recordes de calor. Desde junho, o Brasil tem registrado um mês mais quente a cada novo período. E, por causa disso, os cientistas já confirmam que este ano deve terminar como o mais quente da história.
Recordes quebrados neste ano
Primeiro, o planeta registrou o mês de junho mais quente da história.
· Depois, a marca foi sendo quebrada a cada novo mês: julho, agosto, setembro, outubro e agora novembro.
· Além disso, o número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo, muito antes do final do ano.
· E, para piorar, pela 1ª vez, o mundo registrou um dia com a temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial.
· Fora tudo isso, julho foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.
Segundo os especialistas, isso é resultado das mudanças climáticas. Os recordes mostram uma alta nas temperaturas e que se somam aos eventos climáticos naturais, como a onda de calor.
“O aquecimento global está mexendo com tudo e bagunça qualquer tipo de evento. Estamos tendo eventos mais extremos e mais frequentes”, afirmou Fábio Luengo.
Os dados mostram que, década após década, aumentou o total de dias do ano sob efeito de ondas de calor. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até os anos 1990, eram sete dias em média. Os dados mais recentes indicam mais de 50 dias de calor atípico em média por ano.
· De 1961 a 1990: 7 dias
· 1991 e 2000: 20 dias
· De 2001 a 2010: 40 dias
· 2011 e 2020: 52 dias
O fenômeno deve se estender por sete dias e será próximo da chegada do verão, que acontece no dia 22 de dezembro - Foto: InfoEscola