Risco de epidemia de dengue cai em Formiga

Índice de infestação predial do Aedes aegypti reduziu de 5,5 em janeiro para 1,1 em maio

Risco de epidemia de dengue cai em Formiga
Novamente, a maioria dos focos do Aedes aegypti (89,4%) foi encontrada em residências (Foto: UFSC)




A probabilidade de a população de Formiga viver uma epidemia de dengue está menor, segundo aponta o segundo LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti) do ano, realizado entre os dias 22 e 25 de maio. Desta vez, o índice de infestação predial do mosquito transmissor foi de 1,1, considerado de médio risco. No primeiro levantamento, feito em janeiro, o resultado foi de 5,5%, considerado de alto risco para a dengue.
As estatísticas indicam que índices de 0 a 0,9 enquadram os municípios em situação de “baixo risco”; de 1,0 a 3,9 é “médio risco” e acima de 4,0 é considerado “alto risco”.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o resultado do LIRAa serve para exemplificar que, para cada 100 imóveis existentes em Formiga, 1,1 deles têm focos do mosquito. Além do índice de infestação predial, o levantamento apresenta o “Índice de Breteau” (um valor numérico que define a quantidade de Aedes aegypti em fase larvária encontrada dentro das residências e serve como referência para medir o nível de infestação do mosquito), no qual o resultado foi de 1,2, indicando que para cada 100 imóveis pesquisados durante o LIRAa, 1,2 possuem recipientes com larvas positivas.
O LIRAa foi realizado em 1.680 imóveis (residências, terrenos baldios, comércios e outros). A maioria dos focos foi encontrada nas residências, 89,4% do total. “A porcentagem de recipientes com larvas positivas para Aedes aegypti dentro das casas é alto, isso mostra integralmente a “preferência” do mosquito para desovar em ambiente residencial e o quanto a população ainda precisa melhorar as ações de prevenção”, diz a Prefeitura em nota.
Predominaram os focos, em primeiro lugar, no lixo doméstico (recipientes plásticos, latas, garrafas, sucatas, entre outros), seguido por depósitos móveis (pratos de plantas, bebedouros, baldes), em terceiro, depósitos ao nível do solo (tanques, tambores e similares) e, por último, depósitos fixos, como calhas, ralinhos e pneus.  A equipe do setor de Endemias observou que os focos do mosquito predominaram em recipientes de fácil eliminação e que uma parte da população ainda não descarta esses materiais da maneira mais adequada.

AÇÕES
O setor de Endemias continuará com a intensificação das ações de campo e atividades educativas, como preconiza o Programa Nacional de Controle às Arboviroses e seguindo orientações de estratégias discutidas e planejadas pelo Comitê de Enfrentamento às Arboviroses do Município. Com o resultado do segundo LIRAa do ano, os agentes de endemias realizarão trabalho diferenciado nos bairros nos quais o índice foi mais alto. Além do tratamento focal, os agentes irão reforçar o trabalho educativo nessas localidades.