Santa Casa diz que ficará sem equipamento de ressonância a partir de setembro
Por determinação judicial, instituição perderá o aparelho que atende pacientes de Formiga e região

Caso Formiga e região não se mobilizem, a Santa Casa de Caridade deverá perder o seu aparelho de ressonância magnética. É que por uma determinação judicial, a instituição ficará, a partir de setembro, sem o equipamento.
Por meio do Ofício nº 164/2024, a gestora executiva da Santa Casa, Myriam Araújo Coelho, e o assessor jurídico Antônio Monteiro Júnior informaram a situação à Câmara Municipal. Segundo o documento, “o equipamento será removido da Santa Casa em setembro de 2024 e isso resultará na suspensão dos exames de ressonância magnética a partir de 31 de agosto de 2024, o que por certo irá prejudicar toda a população do Centro Oeste Mineiro, uma vez que a instituição possui contratos e parcerias para a realização desses exames”.
Nesta segunda-feira, dia 26, a entidade emitiu nota sobre o caso para a imprensa. ‘“Administração da Santa Casa de Caridade de Formiga vem a público informar que o equipamento de ressonância magnética , adquirido em 2016 com recurso próprio do hospital, por determinação do JUÍZO DO TRABALHO DE DIVINÓPOLIS nos autos do Cumprimento de Sentença número 0010461-79.2022.5.03.0057 ocorrido em 15/03/2024, foi arrematado por meio de penhora e que a partir de 31/08/2024 a instituição não mais terá à sua disposição o aparelho de ressonância magnética que compõe o parque tecnológico de serviços de imagem”, começa a nota.
Segundo ela, “apesar das inúmeras tentativas frustradas de cancelamento do referido leilão, o hospital deixará de oferecer o serviço, causando prejuízo para a população de Formiga e região com exames externos e dificultando o diagnóstico dos pacientes internados”.
“É lamentável que o impacto financeiro de reclamações trabalhistas de profissionais que trabalharam na UPA Padre Marinho de Divinópolis, por descuidos das gestões anteriores continuem abalando o fluxo financeiro da Santa Casa de Caridade de Formiga, com ações cíveis e trabalhistas que cristalizam o cenário de insegurança na Assistência Hospitalar. Podemos afirmar que um equipamento de ressonância magnética, atualmente gira em torno de quatro milhões e quinhentos mil reais. Conhecedores dessa situação, solicitações de Emendas Parlamentares foram entregues ao Senador Rodrigo Pacheco e ao Dep. Federal Odair Cunha, em Brasília, com o apoio da Vereadora Joice Alvarenga e do Assessor do Senado Denilson Teixeira em 20/06/24 na tentativa de reposição do aparelho de ressonância magnética. Na expectativa do pleito ser atendido e na certeza que a todos que apoiam a Santa Casa de Caridade de Formiga não medirão esforços para a manutenção dos serviços prestados pelo hospital, seguimos em frente na luta por melhores dias”, conclui a nota.
O Portal da “93 Play” apurou e divulgou que a decisão judicial se trata de ação trabalhista movida por médicos que prestaram serviços à Santa Casa quando a entidade tomava conta da unidade de pronto atendimento da cidade de Divinópolis. Após o rompimento do contrato, vários profissionais entraram na justiça contra a Santa Casa. Muitos deles perderam as ações, porém dois tiveram decisões favoráveis. Um deles com indenização fixada em R$ 600 mil. Por este motivo, foi necessária a penhora do aparelho de ressonância magnética.
O que é a ressonância magnética
A ressonância magnética é uma ferramenta crucial em diagnósticos médicos, oferecendo imagens detalhadas dos tecidos do corpo. Dois principais modelos de aparelho de ressonância magnética são o de campo aberto, que oferece mais espaço em torno do paciente, proporcionando uma experiência menos claustrofóbica, e o de campo fechado, que tem um túnel mais estreito e compacto em torno do paciente. Esse último oferece uma melhor qualidade de imagem e é mais comum em ambiente clínico e hospitalar.
Segundo o portal “Teleimagem”, os aparelhos de ressonância magnética contam com bobinas de gradiente inseridas dentro do túnel do aparelho e que geram campos magnéticos variáveis em diferentes direções. Esses campos magnéticos aplicam gradientes de frequência aos sinais de radiofrequência emitidos pelos tecidos do corpo, permitindo que o sistema determine a localização espacial desses sinais.
Um dos principais modelos de aparelho de ressonância magnética é o de campo aberto, que oferece mais espaço em torno do paciente