Saúde pública de presente para o público presente

Com razão, a Prefeitura Municipal de Formiga comemorou nesta semana o menor índice de registro de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti em anos nesta época. Em 2025, até agora, foram apenas dez casos de dengue, um de chikungunya e dois de coinfecção, que é quando o mesmo paciente contrai as duas enfermidades.
Não há dúvidas de que os bons resultados foram alcançados por fatores dos mais diversos, eles vão desde o aumento de consciência da população até a intervenção ferrenha dos agentes de Combate a Endemias (ACE), profissionais exclusivos do Sistema Único de Saúde (SUS), mas há de se ressaltar que o empenho da Secretaria Municipal de Saúde em todos os sentidos merece aplausos. O trabalho não para, não há folga, é todo mundo empenhado e se dedicando ao máximo.
Ficar livre do Aedes é um sonho, mas não é fácil, pois quando a coisa dá uma amenizada, o relaxo é inevitável na sequência. No Brasil, a coisa é sempre assim, porém, o que se imagina para 2026 é que o advento da vacina contra a dengue e sua proliferação irá trazer dias melhores e aliviados, assim como aconteceu com a epidemia da covid.
Em momentos em que a possibilidade de dias melhores depende da evolução da ciência, há de se ter atenção redobrada com o que a ela pode vir de reação. A vacina contra a dengue é uma realidade, em pouco tempo estará disponível pra Deus e todo mundo, mas já existe alguns taxados de negacionistas fazendo como fizeram com a covid: dizendo que a vacina deixa sequelas e que se a pessoa não virar jacaré vai virar calango. O que se menos precisa em tempos de horizontes que se apresentam mais limpos é a negativa de que o sol virá.
O show que a Prefeitura de Formiga está dando no combate à dengue deve se intensificar e ter como apoteose a vacina. Fazer campanhas para que todo mundo tome a picada da agulha para poder resistir à picada do mosquito será a próxima obrigação primordial da Secretaria de Saúde do município.