SIM apreende 1,5 tonelada de carne vencida

Produtos cárneos foram encontrados pela equipe do Serviço de Inspeção Municipal em estabelecimento clandestino na área urbana de Formiga

SIM apreende 1,5 tonelada de carne vencida
Carne apreendida foi inutilizada e descartada




Um estabelecimento clandestino foi alvo da equipe do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) na manhã dessa terça-feira, dia 6. Situado no perímetro urbano de Formiga, o local utilizava matéria-prima vencida para a fabricação de produtos cárneos. A ação, que contou com o apoio da Polícia Militar de Meio Ambiente, resultou na apreensão de 1,5 tonelada desses produtos.
Conforme apurou “O Pergaminho”, quatro denúncias anônimas foram feitas ao Executivo formiguense por meio do APP Formiga/SIM.
De acordo com o Serviço de Inspeção Municipal, no estabelecimento clandestino, parte dos produtos estava pronta para expedição e outra parte ainda seria manipulada.
“Além de não possuírem registro em um serviço de inspeção, toda matéria-prima estava com prazo de validade vencida e o estabelecimento não possuía condições estruturais e sanitárias adequadas”, informou o SIM.
O local foi interditado e todos os produtos, juntamente com as matérias-primas, foram recolhidos, inutilizados e descartados.
Procurado, o diretor de Políticas Rurais, Alex Faria, contou que quatro profissionais do SIM estiveram envolvidos na apuração das denúncias, além de três militares da Policia Ambiental, com o compromisso de coibir a clandestinidade e produtos de origem animal nocivos à população de uma maneira geral. “Importante a população ficar atenta e adquirir somente produtos registrados em algum serviço de inspeção e com matéria-prima de origem segura, para garantia da segurança alimentar da população”, observou.

Operação em frigoríficos

A questão da qualidade das carnes comercializadas em Formiga merece cautela e atenção. Em meados de março deste ano, uma investigação para apurar a prática de crimes de furto/receptação de gado, maus tratos a animais, falsidade ideológica e delitos ambientais levou o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) a deflagrar a “Operação Fort Summer”, que teve como alvos frigoríficos da cidade de Formiga. Entre outros crimes, eles ofereciam carnes impróprias para o consumo, destinando-as, inclusive, para a merenda escolar de escolas municipais.
Conforme divulgado pelo MPMG, durante a investigação, apurou-se que os acusados mantinham um depósito para vender produtos alimentícios adulterados e/ou corrompidos, bem como misturavam gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à venda como puros, praticando o preço estabelecido para aqueles de mais alto custo.
Comprovou-se também que os envolvidos adquiriam reses doentes a preço baixo, realizavam o abate clandestino, e colocavam essa carne, imprópria para o consumo e com alto risco de transmissão de doenças, para a comercialização.
A investigação apurou, ainda, que os investigados fizeram uso indevido de selo público, a saber, as etiquetas e carimbo do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em proveito próprio.

Carne com alto risco de transmissão de doenças era colocada para a comercialização