UFMG: Formiguense assumirá direção da Escola de Belas Artes no dia 16
Essa será a segunda vez que um formiguense ficará à frente da instituição

A formiguense Camila Rodrigues Moreira Cruz, de 42 anos, tomará posse no dia 16 de abril como diretora da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Ela foi eleita para o cargo no dia 11 de dezembro do ano passado.
Essa é a segunda vez que um formiguense ficará à frente da instituição. O primeiro foi o professor Luiz Antônio Cruz Souza, que nasceu e foi criado na Rua Nova, no Bairro do Rosário. Já Camila sempre foi moradora da Rua Campos Altos, no Engenho de Serra.
Nascida no dia 10 de agosto de 1981, a formiguense é filha de Pio Moreira Pinto, ex-funcionário do Bazar Guri, e de Margarete Rodrigues Moreira. Ela é casada com o músico Leonardo Henrique da Cruz e tem três filhos.
Antes de ingressar no ensino superior, Camila estudou no antigo Colégio Corujinha (hoje Colégio Unifor); na extinta Escola Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, que era dirigida pela professora Malba de Freitas e funcionava no último andar do Colégio Santa Teresinha; no antigo Colégio Aplicação (hoje Colégio Unifor) e nas escolas estaduais Professor Joaquim Rodarte e Dr. Abílio Machado (Polivalente), onde concluiu o ensino médio.
Segundo a formiguense, o seu interesse pelas artes começou quando tinha 11 anos. “No meu aniversário de 11 anos, pedi aos meus pais que me dessem, no lugar de festa e presentes, uma maleta de pintura para que eu pudesse ingressar nas aulas do Ateliê da Maria José Boaventura”, contou.
Dos 11 aos 18 anos, Camila frequentou o ateliê de Maria José. Depois, foi cursar artes plásticas na Universidade Federal de Uberlândia. Artista visual, ela é doutora e mestre em artes plásticas pela Université de Paris – Panthéon Sorbonne – França. Está finalizando o seu pós-doutorado em desenho pela ECA/USP. É professora adjunta II do Departamento de Desenho e professora permanente no Programa de Mestrado Profissional da Escola de Belas Artes da UFMG. No âmbito da pesquisa, é fundadora e coordenadora do Núcleo de Estudos e Ensino em Desenho Contemporâneo (NEDEC/UFMG), pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Pintura e Ensino (NUPPE/UFU) e pesquisadora da cor no Grupo de Pesquisas Cromáticas ECA/USP. É ainda membro da Associação de Artistas (Art)ère – Paris – França e do comitê de Couleurs d’Artistes – Encyclopedie Numérique des Couleurs – Université de Sfax – Tunísia, Université de Monastir – Tunísia, Université de Bordeaux – Montagne – França. Além disso, é membro da Comunidade EBA/UFMG desde 2019.
O primeiro formiguense diretor da EBA
Uma mente brilhante, uma tenacidade inabalável pelo conhecimento, um observador atento e um crítico gentil e educado, Luiz Antônio Cruz Souza dá orgulho à sua cidade natal. Ele foi o primeiro formiguense a assumir a direção da Escola de Belas Artes da UFMG.
Nascido no dia 2 de outubro de 1962, Luiz é filho de Antônio Borges de Souza e Dona Terezinha Cruz de Souza. Atualmente morando na cidade de Lagoa Santa, é casado com Silvana Célis Moreira e pai da Maria Luíza, da Maria Laura e do Felipe.
Nascido na Rua Nova, Luiz foi aluno do Grupo Escolar Pio XII (escola pública), do Polivalente (escola pública) e do Colégio de Aplicação (escola privada, mas com bolsa). Saiu de Formiga em 1981 para estudar química na UFMG e não parou mais. Cursou mestrado ligado à restauração de obras de arte com a parte prática no Institut Royal du Patrimoine Artistique em Bruxelas, na Bélgica, doutorado na mesma área com trabalho experimental junto ao Getty Conservation Institute, em Los Angeles, USA. Seu pós-doutorado teve prática e orientação na Itália. Em 2024, ele cursava o segundo pós-doutorado em Évora, Portugal, e em Los Angeles, nos Estados Unidos. Trabalhou com pesquisadores europeus e norte-americanos de renome em diversos países entre América do Sul, Europa e América do Norte. Foi o cientista brasileiro mais consultado por veículos de imprensa sobre a restauração das obras de arte danificadas com a invasão do Palácio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. Trabalha na área de Artes e Ciência da Conservação com ênfase em “Ciência e Tecnologia para a Conservação-Restauração de Bens Culturais”. Como diretor da Escola de Belas Artes da UFMG, foi sempre muito bem recebido pelos alunos e técnicos-administrativos por sua gestão inclusiva.
O formiguense Luiz Antônio Cruz Souza