Uso abusivo de curcumina e suas implicações na saúde

Cúrcuma é uma planta que pertence à família do gengibre. Alguns componentes desta planta, como a curcumina, possui efeito antioxidante e anti-inflamatório. Já encontramos na literatura trabalhos com associação positiva no seu consumo e redução de quadros inflamatórios como artrite, infecções respiratórias e até mesmo auxílio no emagrecimento. A suplementação de curcumina, via oral, pode ser diária, mas possui período e quantidade específica. Por ter baixa biodisponibilidade, ou seja, é pouco absorvida no intestino, conta com o auxílio de outros nutrientes para aumentar a sua absorção em até vinte vezes. Entretanto, esse aumento exagerado tem levado ao surgimento de alguns quadros de inflamação no fígado. Um trabalho publicado no ano passado demonstrou que a suplementação de curcumina por um período superior ao indicado (sete semanas), com o auxílio de potencializador de absorção do nutriente, fez com que enzimas hepáticas aumentassem devido ao quadro de hepatotoxicidade. O excesso de um nutriente com ação antioxidante ou anti-inflamatória leva ao quadro de inflamação. É o mesmo caso da vitamina C, quando suplementada de maneira equivocada. Desta forma, fica claro que o excesso de suplementação de curcumina por períodos prolongados pode causar dano hepático. Agora, se você faz uso diário de cúrcuma como tempero de pratos, fique tranquilo. Não terá efeito negativo, pois a curcumina não está concentrada, como na suplementação. Muito pelo contrário, além de melhorar o sabor do alimento, você conta com os benefícios da planta, porém, em doses bem menores e sem possibilidade de prejudicar sua saúde.

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